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Sagot :
Resposta:
1) Por que não é possível afirmar que há um consenso historiográfico sobre a Guerra do Paraguai?
2) Escreva quais são as principais vertentes e interpretações do conflito.
3)O que os debates sobre a Guerra do Paraguai revelam sobre o ofício do historiador e a história?
4) Sobre a Guerra do Paraguai, pesquise: a) Onde e quando iniciou o conflito e quanto tempo durou. b) As principais causas. c) O desfecho do conflito.
Explicação:
A Guerra do Paraguai foi o maior conflito internacional que aconteceu na história da América do Sul. De dezembro de 1864 a março de 1870, o governo do Paraguai esteve em conflito contra os governos do Brasil, Argentina e Uruguai. Esse conflito deixou inúmeras consequências para todos os envolvidos e foi um divisor de águas na história dos países da bacia platina.
A Guerra do Paraguai no debate historiográfico
A compreensão que se teve da Guerra do Paraguai ao longo da história sofreu profundas transformações. O entendimento que se tem atualmente sobre esse conflito nasceu na década de 1990 a partir de novos estudos na área. A respeito da Guerra do Paraguai, destacam-se três diferentes interpretações que estiveram em vigor, cada qual em seu momento específico. Os historiadores chamam essas diferentes interpretações de historiografia.
No entanto, professor, antes de iniciar o estudo a respeito de cada uma das historiografias sobre a Guerra do Paraguai, é importante realizar uma definição básica a respeito do conceito de historiografia. Sendo assim, o que é historiografia? De uma maneira bem resumida, a historiografia é o estudo da escrita da história, isto é, como os eventos do passado foram registrados e quais transformações aconteceram ao longo do tempo no entendimento a respeito dos eventos passados.
Assim, é característico que cada cultura em sua época produza sua própria forma de registrar e entender a história, ou seja, possua sua própria historiografia e seu próprio método. As mudanças do contexto, como questões econômicas, políticas e culturais, levam os historiadores a novas formas de entendimento e interpretação dos eventos passados. Assim foi com a Guerra do Paraguai.
Primeiramente, professor, precisamos compreender que a atual historiografia sobre a Guerra do Paraguai foi resultado de novos estudos realizados a partir de documentação inédita. O contexto geopolítico do Brasil na década de 1990 era diferente do contexto geopolítico existente na década de 1960 e isso também contribuiu para o desenvolvimento da nova historiografia.
Historiografias sobre a Guerra do Paraguai
A respeito da Guerra do Paraguai, existiram no Brasil três diferentes historiografias, cada qual com sua forma de interpretar o conflito. As três historiografias são:
Historiografia Tradicional
Historiografia Revisionista
Historiografia Moderna
A historiografia tradicional foi muito comum no Brasil até a década de 1960 e trata a guerra como resultado único da megalomania e tirania do ditador paraguaio Francisco Solano López. Essa historiografia é considerada ufanista e entende que a guerra foi resultado dos interesses expansionistas do ditador paraguaio na região da bacia platina. Assim, essa historiografia entende a união de Brasil, Argentina e Uruguai apenas como uma reação contra a tirania do Paraguai.
A historiografia revisionista surgiu e popularizou-se na década de 1960 e foi muito comum até o início da década de 1990 – apesar de ainda hoje existirem aqueles que a defendam. Essa historiografia basicamente afirmava que a Guerra do Paraguai foi causada pelo imperialismo britânico com o objetivo de destruir o desenvolvimento econômico autônomo que estava em curso no Paraguai.
O revisionismo histórico afirma que, durante os anos de isolamento político e econômico do Paraguai (entre as décadas de 1810 e 1860), desenvolveu-se um projeto modernizador não vinculado ao capitalismo britânico. Nesse projeto modernizador, o Paraguai supostamente havia desenvolvido uma infraestrutura relevante, uma indústria pujante e excelentes índices de desenvolvimento social.
Assim, para destruir o “mau exemplo” paraguaio, a Inglaterra teria manipulado Brasil e Argentina para que juntas iniciassem um conflito contra o Paraguai e destruíssem a economia e infraestrutura daquele país. Esse modelo, no entanto, sofre críticas relevantes hoje por causa do seu caráter demasiadamente ideológico e pela falta de comprovação documental.
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