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Sagot :
O colapso da URSS está associado com a guerra fria, gastos excessivos e insustentáveis, enfraquecimento do poder central com divergências ideológicas, crise no suprimento de recursos básicos, pressão do ocidente e reformas políticas.
Apesar do plano inicial da revolução socialista era a criação de uma nação unida sob um Estado forte que pudesse apagar as diferenças sociais e promover o bem coletivo, na prática o cenário foi completamente diferente.
A URSS era a principal representante do bloco socialista, e o poder central ficava em Moscou, na Rússia. O partido comunista mantinha um governo totalitário, marcado pelo mau planejamento e corrupção, além de produzir péssimas relações entre os países membros do bloco e com países do bloco rival (bloco capitalista).
Situação econômica
A URSS estava engajada contra o bloco capitalista, em especial contra os EUA, na corrida armamentista e na corrida espacial, o que trouxe custos gigantescos para o governo central da URSS. Isto, somado com a falta de políticas econômicas eficientes e a concessão de recursos para apoiar outros governos socialistas só piorou a situação econômica da URSS ao ponto da falência.
Durante muitos períodos, a URSS falhou em suprir a população com recursos básicos, tais como eletricidade, alimentos e medicamentos, por falta de planejamento ou não distribuição dos mesmos. Muitas cidades neste período sofreram fomes e desabastecimentos prolongados, e isto gerou revoltas entre a população, além de servir de material para a propaganda dos países capitalistas que sempre buscavam formas de incentivar revoltas entre os soviéticos.
Situação política
As políticas totalitárias e controladoras do partido comunista criaram insatisfação na população civil, que via sua liberdade sacrificada, e entre países membros do bloco por perda de autonomia. A URSS foi marcada por corrupção e perseguições políticas, além de censuras exageradas: com o passar do tempo, e com a influência do ocidente que contrastava esse cenário de opressão o regime socialista perdeu sua moral e apoio dos setores que o compunham.
Países do bloco capitalista constantemente faziam esforços para enfraquecer a imagem pública da URSS entre os seus cidadãos e os do bloco, destacando diferenças gritantes entre a qualidade de vida e desenvolvimento entre eles, além de incentivar ideias revolucionárias entre os dissidentes do regime socialista.
Dentro do próprio partido comunista haviam ainda intrigas internas por diferenças ideológicas sobre como as coisas deveriam fluir. Essas diferenças quebraram a unidade do partido.
Reformas
O líder do partido comunista, Mikhail Gorbachev, eleito em 1985, lançou mão de duas reformas, a Perestroika e a Glasnotch, que buscavam corrigir os problemas da URSS e criar um ambiente mais amistoso entre as partes, mas na prática, isto foi o estopim para que o regime comunista pudesse colapsar de vez.
O marco final da queda da URSS foi com a queda do muro de Berlim em 9 de novembro de 1989.
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