O Sistersinspirit.ca ajuda você a encontrar respostas confiáveis para todas as suas perguntas com a ajuda de especialistas. Nossa plataforma de perguntas e respostas oferece uma experiência contínua para encontrar respostas confiáveis de uma rede de profissionais experientes. Conecte-se com uma comunidade de especialistas prontos para ajudar você a encontrar soluções precisas para suas dúvidas de maneira rápida e eficiente.

Explique o “caminho” que os ácidos graxos fazem desde a ingestão por meio de alimentos até a sua completa oxidação. Descreva TODOS os processos de modo detalhado. Descreva o processo para ácidos graxos saturados, insaturados e de número de carbonos ímpar. Descreva de modo completo os balanços energéticos (formação de ATP, NADH e FADH2).

Sagot :

Resposta:

..

Explicação:

O caminho percorrido até a oxidação se evidencia por:

1- Os sais biliares emulsificam as gorduras da dieta no intestino delgado, formando micelas

mistas.  

2- As lipases intestinais degradam os triacilgliceróis.  

3- Os ácidos graxos e outros produtos de degradação são absorvidos pela mucosa

intestinal e convertidos em triacilgliceróis.  

4- Os triacilgliceróis são incorporados com colesterol e apolipoproteínas, nos quilomícrons.  

5- Os  quilomícrons  movem-se  pelo  sistema  linfático  e  pela  corrente  sanguínea  para  os

tecidos.

6- A lipase lipoproteica ativada por apoC-II nos capilares, converte triacilgliceróis em ácidos

graxos e glicerol.  

7- Os ácidos graxos entram nas células.

8-  Os  ácidos  graxos  são  oxidados  como  combustíveis  ou  esterificados  novamente  para

armazenamento.  

Uma  série  de  reações  pelas  quais  unidades  de  dois  carbonos  (acetil-CoA) são  sucessivamente

removidas  da molécula  de  ácido  graxo.  Durante  o  processo,  também  são  produzidos  NADH  e

FADH2, os quais doam elétrons para a cadeia respiratória mitocondrial que transfere ao oxigênio

molecular  em  reações  sequenciais  que  geram  um  gradiente  eletroquímico  utilizado  para  a

síntese de ATP. As moléculas de acetil-CoA podem ser oxidadas no ciclo de Krebs ou podem ser

convertidas em corpos cetônicos pelo fígado, que constituem uma forma de combustível capaz

de ser exportado para tecidos extra-hepáticos.  

Os ácidos graxos cujas cadeias possuem número par ou ímpar de carbonos levam à formação de

produtos diferentes, quando totalmente degradados pelo ciclo das quatro reações da β-

oxidação, isso porque, ácidos graxos com número par de átomos de carbono chegam ao último

ciclo da via com quatro carbonos, enquanto ácidos graxos com número ímpar chegam com cinco

carbonos, contribuem para essas diferenças, a presença de instaurações.  

Em caso de haver apenas uma instauração na configuração cis, esta é isomerizada para trans,

pela enzima enoil-CoA isomerase. O produto é substrato para o segundo passo da β-oxidação,

de modo que, não há redução de FAD para FADH2 no primeiro passo da β-oxidação.

Todos  os  ácidos  graxos  de  ocorrência  natural  em  mamíferos  têm  configuração  cis.  Antes  de

sofrerem  o  transporte  para  o  interior  da  mitocôndria,  onde  ocorre  sua  oxidação,  os  ácidos

graxos são ativados para acil-CoA pela ação da enzima acil-CoA sintase, situada na membrana

mitocondrial externa com seu sítio ativo voltado para o citosol, essa ativação envolve o gasto de

duas ligações fosfato de alta energia.

Os ácidos graxos ímpares também são oxidados pela β-oxidação,  só  que  neste  caso  a  última

volta da via leva à formação de uma unidade de acetil-CoA (dois carbonos) e uma de propionil-

CoA (três carbonos), enquanto o primeiro pode ser oxidado no ciclo de Krebs, o proprionil-CoA

não  pode,  e  por  isso  ele  é  transformado  em  succinil-CoA  por  três  reações  catalisadas  pelas

enzimas proprionil-CoA carboxilase, metilmalonilCoA epimerase e metilmalonil-CoA mutase. O

succinil-CoA gerado pode ser desviado para a gliconeogênese ou ser oxidado no ciclo de Krebs.

Deve-se lembrar, entretanto, que succinil-CoA é um dos metabólitos que atua como espécime

catalítica regenerada no próprio ciclo e não como fonte de energia, dessa forma, ele precisa ser

convertido  em  malato  por  reações  habituais  do  ciclo  de  Krebs  e  transportado  da  matriz

mitocondrial para o citosol. O malato é descarboxilado à piruvato pela enzima málica. O piruvato

entra novamente na matriz mitocondrial onde sob a ação do complexo piruvato desidrogenase

sofre  descarboxilação oxidativa  originando  acetil-CoA,  que  efetivamente  pode  ser oxidado  no

ciclo de Krebs.  

Reação geral:  

16C (acil-CoA)+ FAD + H2O + NAD+ + HS-CoA→ 14C (acil-CoA) + 2C (acetil- CoA) + FADH2 + NADH

+ H+