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A importância do trabalho prático é inquestionável na ciência e deve proporcionar aos estudantes a oportunidade de desenvolver capacidades que despertem a inquietação diante do desconhecido, buscando explicações lógicas e razoáveis. Isso permite o desenvolvimento de posturas críticas para a tomada de decisões fundamentadas em critérios objetivos, baseados em conhecimentos compartilhados na escola e na sociedade. Durante a experimentação em sala de aula, algumas dúvidas podem surgir. A seguir, veja o caso de um teste com fermento feito em sala de aula. Teste do Fermento Você é professor e fez uma experiência científica com os alunos para comprovar a existência de fungos no fermento utilizado na culinária. No dia do experimento, foram usados: Checklist de ingredientes: *Fermento biológico *Garrafa pet *Açúcar *Bexiga *Água O passo a passo feito com os alunos foi: 01 – Colocar duas colheres (de chá) de fermento biológico na garrafa. 02 – Acrescentar três colheres (de chá) de açúcar e um cheio de água morna. 03 – Agitar a mistura. 04 – Prender a bexiga na boca da garrafa. 05 – Aguardar de uma a duas horas. Durante o experimento, algumas hipóteses foram levantadas pelos alunos: • Eu acho que dentro da garrafa formarão bolhas! • Eu acho que a bexiga vai encher de ar. Após aguardar o tempo necessário, você mostrou aos alunos que: O fermento biológico é composto por fungos que se alimentam de açúcares e gostam de ambientes quentes. Ao digerir o açúcar, eles produzem etanol e gás carbônico (CO2) – que flutua enchendo a bexiga. Esse processo é a fermentação. Entre as hipóteses levantadas pelos alunos, verificou-se que a solução dentro da garrafa realmente formou bolhas. Mas a segunda hipótese não se confirmou, a bexiga não ficou cheia. a) Você considera que o teste realizado na sala de aula deu certo? Justifique. b) Repetiria o teste? Explique. c) Esse teste é importante para a alfabetização científica? Justifique.

Sagot :

resposta

a) Se o experimento foi realizado conforme o protocolo, ele está correto. As hipóteses fazem parte do conhecimento prévio dos alunos, portanto descartar uma hipótese não inviabiliza o experimento, deixa-o mais interessante, pois gera novas perguntas. O erro é um passo importante nas aulas de ciências. Ele é, muitas vezes, o motivo que vai levar os estudantes a outras ideias, outras hipóteses, outras construções e análises e a constatarem quais são as que realmente estão relacionadas e interferem nos fenômenos estudados.

b) A repetição faz parte do método científico; como uma hipótese foi descartada, é interessante repetir o experimento para confirmar uma nova teoria para os alunos. Assim será descartada a possibilidade de erro do experimento e aceito o conceito de que os fungos, ao digerirem o açúcar, produzem etanol e gás carbônico, que vai encher a bexiga. É preciso estimular os alunos com perguntas, pois verdades só são verdades até a próxima descoberta. É isso que o ensino de ciências espera, é o que a sociedade espera do ensino de ciências: pessoas que compreendam o mundo, atuem nele como cidadãos, com ética, utilizando o conhecimento científico e tecnológico (PRAIA et al., 2002).

c) Sim, o teste é importante para a alfabetização científica, pois permite ao aluno utilizar conceitos científicos (o que é fermentação?), reconhecer a utilidade das ciências e das tecnologias para o progresso do bem-estar humano (produção de bebidas, alimentos, etc.), conhecer hipóteses e teorias científicas e ser capaz de aplicá-las (formar hipótese com base no seu conhecimento) e entender que a produção da ciência depende de pesquisas e conceitos teóricos (testados experimentalmente); além disso, permite fazer distinção entre os resultados científicos e opinião pessoal (aprovar ou reprovar hipóteses testáveis).