1) Em seu estudo sobre as regras do jogo, Piaget (1992) constatou que, em um determinado momento (por volta dos 7-8 anos, em média), a criança é capaz de seguir regras comuns a de seus companheiros e que há uma correlação evidente entre o momento em que a criança começa a seguir, efetivamente, as regras e o fato dela admitir que elas podem ser mudadas, sem que isso constitua uma transgressão. Ele chamou de autonomia a capacidade do sujeito de propor normas próprias. "Esta noção de autonomia é empregada aqui sem conotação filosófica. Ela designa apenas a possibilidade do sujeito de elaborar, ao menos em parte, suas próprias normas" - esclarece Piaget. A descoberta de sua capacidade de instituir normas, por parte do sujeito, é um primeiro passo em direção à autonomia moral, visto que ele compreende, então, que as normas sociais e os costumes, assim como as regras do jogo, modificam-se com o tempo, variam de grupo para grupo etc. Isso não significa, é claro, que a criança, a partir desse momento, se conduza apenas por normas que ela mesma elaborou. Todavia, a maneira como ela avalia e aplica os preceitos ditados por seus pais, professores e pela sociedade em geral difere daquela da moral da heteronomia: as faltas morais passam a ser julgadas em função da intenção do agente (e não mais em função de suas conseqüências) e nem tudo que é determinado pelo adulto é considerado justo. Fonte: FREITAS, Lia Beatriz de Lucca. Autonomia moral na obra de Jean Piaget: a complexidade do conceito e sua importância para a educação. Educ. Rev. , Curitiba , n. 19, p. 11-22, Junho 2002 Neste contexto, analise as afirmativas a seguir e assinale V para verdadeiro e F para falso: ( ) O sujeito nasce com uma moralidade constituída. Valores morais como justiça, honestidade, confiança, fraternidade, solidariedade, generosidade, entre outros, não precisam ser ensinados. ( ) Observamos que na identidade do sujeito devem haver sentimentos positivos que integrem os valores morais. ( ) A autonomia é o governo de si mesmo ba.