Textos estudados: Latifúndio – Renata Pallottini e Funeral de um lavrador – João Cabral de Melo Neto; fragmento da obra Morte e Vida Severino, obra prima do mesmo autor. 1º TEXTO: LATIFÚNDIO – Renata Pallottini
Latifúndio
Não quero mais me lamentar
mesmo porque
não tenho mais de quê.
Se o sabiá voou
ficou-me o bem-te-vi.
Se o amor acabou fica o estamos aí.
Eu tenho a grama do jardim
e mais
tenho-me a mim.

2º TEXTO: Funeral de um lavrador(fragmento)
Funeral de um lavrador

Esta cova em que estás,
Em palmos medida,
É a conta menor
que tiraste em vida,

É de bom tamanho,
nem largo nem fundo,
É a parte que te cabe
deste latifúndio,

Não é cova grande,
é cova medida,
É a terra que querias
ver dividida,

É uma cova grande,
para teu pouco defunto,
mas estarás mais ancho
que estavas no mundo,

É uma cova grande
para teu defunto parco,
Porém mais que no mundo
te sentirás largo,

É uma cova grande,
para tua carne pouca,
Mas a terra dada
não se abre a boca.

2.Latifúndio, na linguagem poética de Renata Palotina, materializa-se nas palavras: ”ficou-me” e “tenho-me” indicando-lhe propriedade, porém, na seguinte proporção: *
10 pontos
Tanto quanto;
Igual;
Maior
Menor
Tal qual
3.No poema Funeral de um Lavrador há uma palavra que incorpora uma figura de linguagem denominada ironia ou sarcasmo, justamente, porque através de uma crítica social sugere que o homem do campo desfrute do bem que conquistou em vida, depois da sua morte. Indique a alternativa correta. *
10 pontos
A seca, a fome, o homem e a luta pela terra e pela sobrevivência;
A seca, a fome, o capataz, e os donos da terra e sua conivência;
A seca, a fome, o retirante, e o fazendeiro agropecuarista;
A seca, a fome, a miséria, os governantes e sua benevolência;
A seca, a fome, a vida sertaneja com sua independência.