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O tempo gasto com aparelho eletrônicos tem diminuido a tempo destinado à prática atividade física em jovens, diante desta explanação, descreva quais aspectos foram destacados no artigo da FIOCRUZ e também insira sua opinião sobre o assunto.

Na última década, o uso de dispositivos eletrônicos com acesso a mídias interativas e sociais proliferou de forma abundante. Tais equipamentos se tornaram imprescindíveis na vida das pessoas e podem proporcionar inúmeros benefícios, desde que, utilizados com cautela. No entanto, pediatras e demais profissionais de saúde têm manifestado preocupações quanto ao tempo em que crianças e adolescentes passam diante das telas, como televisores, computadores, tablets, consoles de jogos, smartphones, entre outros, e os prejuízos relacionados à exposição excessiva. O termo conhecido como Screen Time (tempo em que crianças e jovens gastam usando esses dispositivos) tem sido objeto de estudo de inúmeros pesquisadores ao redor do mundo e, para lançar luz a esta problemática, uma análise bibliométrica com a finalidade de mapear publicações científicas sobre esse tema foi conduzida. A partir dos resultados obtidos no estudo, foram construídos clusters que apontam as áreas mais investigadas neste tema. Questões relacionando o excesso de tempo de tela à obesidade, depressão e ansiedade, alterações no sono, restrição de atividade física e outros problemas que afetam o desenvolvimento infantil foram aqui discutidas


É evidente o fato de que na última década o uso de dispositivos eletrônicos com
acesso a mídias interativas e sociais proliferou de forma abundante e que a geração atual de crianças e adolescentes estão imersas em um ambiente digital [1]. No entanto estudos têm sugerido que o uso excessivo desses novos meios de comunicação oferecem muitos riscos à saúde principalmente entre jovens [2] [3] [4] [5]. Dados recentes apontam que o abuso do uso da tela acarreta impactos psicossociais, problemas de hiperatividade, desatenção, prejuízo na qualidade de vida, aumento de problemas com autoestima, problemas sociais e comportamentais, sedentarismo e consequente obesidade, sintomas de depressão e sofrimento psicológico dentre outros em crianças e adolescentes em idade [6] [7] [8] [9] [10].
Ao todo, foram recuperadas 1.990 publicações acadêmicas. Estas foram
organizadas em um mapa de coocorrências das palavras do título e resumo e está apresentado na figura 4. Cada cor representa um cluster totalizando 5 clusters de diferentes subtópicos relacionados a screen time, representado por cores sendo Obesidade (vermelho); Tempo de exposição (verde); Sono (rosa); Atividades físicas (amarelo) e Infância (azul).

Obesidade (vermelho)

A obesidade foi a maior questão avaliada no conjunto de publicações extraídas nesse estudo (867 artigos), o que aponta uma grande preocupação entre os profissionais da área em relação ao uso indiscriminado de telas e sua relação direta com a obesidade


Conclusão:

Nas últimas décadas, o estilo de vida de crianças e adolescentes tem passado por fortes mudanças. O tempo livre antes usado fora de casa com brincadeiras, correrias, passeios e interação social perdeu lugar para a atividades solitárias como TVs, jogos online, videogames, redes sociais etc. As consequências dessa mudança com o fim do livre brincar vêm acarretando problemas de saúde nessa parcela da população e tem sido objeto de pesquisas ao redor do mundo. Vale ressaltar que esse estudo foi feito antes da pandemia causada pela Covid-19 que trouxe um cenário de isolamento social como a única forma de prevenção. Essa nova realidade aumentou de forma considerável o tempo diário de tela entre crianças e adolescentes e esse panorama certamente causará um grande impacto em todos os aspectos aqui abordados. Em virtude disso, novos estudos sobre os danos causados pelo uso excessivo desses dispositivos eletrônicos principalmente entre crianças e jovens são fortemente recomendados