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Sagot :
Resposta:
Em outubro de 1929, percebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, houve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador, pois as ações se desvalorizaram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores. A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a história dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase todos os continentes.
A crise de 1929 afetou também o Brasil.
Explicação:
acho que no caderno vai dar mais de 15 linhas , mas foi isso que encontrei
A Crise de 1929 foi uma crise econômica sem precedente até então. Consistiu numa crise geral de liquidez, provocada pela crise de mesma natureza na Bolsa de Valores de Nova Iorque em 24 de outubro de 1929. Em verdade, essa crise não se deu de uma só vez: ela já se avizinhava, e pode-se dizer que os desequilíbrios de 1921-1922 nas economias dos países centrais já sinalizavam que uma crise de liquidez maior estava a caminho.
O "crack" de 24 de outubro de 1929 consistiu da queda geral de preços das ações na Bolsa nova-iorquina, o que comprometeu seriamente - e em muitos casos, definitivamente - o patrimônio liquido das principais companhias naquele momento - o que também afetou todas as grandes companhias naquele mesmo momento.
Existem diversas interpretações para o fenômeno, e mesmo diversas as causas são apontadas. Uma perspectiva liberal - que no Brasil foi acompanhada por Eugênio Gudin, entre outros - atribuiu os desequilíbrios que redundaram na Crise à intervenção do Estado na economia , especialmente na situação de economia de guerra entre 1914-1918. É uma tentativa de explicação mais intuitiva, e que não chega a estabelecer conexões reais entre as causas alegadas e o fenômeno ocorrido; muito embora a desaceleração econômica dos países europeus no período entre=guerras (1918-1939) realmente tivesse sido um fator não-desprezível da Crise.
Uma perspectiva marxista muito difundida é a de que a Crise de 1929 consistiu de uma crise de superprodução: o modo de produção capitalista, ao produzir sistematicamente excesso de oferta, leva , paradoxalmente, a uma desvalorização tendencial das próprias mercadorias, o que também se conecta com uma desvalorização tendencial da taxa de lucro, o que produz uma disfuncionalidade fatal e periódica do próprio sistema capitalista. Pelo lado do excesso de oferta, essa interpretação realmente é procedente; muito embora a ideia de superprodução, sozinha, não possa ser a ela creditada toda a explicação desse terrível fato histórico.
Keynes, na sua "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda", demonstra que a correia de transmissão da crise não se deu apenas, embora fundamentalmente, pelos desequilíbrios entre oferta e demanda agregadas, mas sim em decorrência da repercussão dessa onda no comportamento da taxa de empregos e da taxa de salários. É explicação muito contraposta à explicação liberal daquele momento, a qual atribuía um peso muito preponderante ao fator cambial e ao comportamento das taxas de juros como fatores endógenos da Crise.
Em diversos aspectos, a explicação de Keynes é convergente com a marxista mas não em sua essência: enquanto que para o marxismo a própria economia de mercado, bem como um sistema econômico-social balizado na propriedade privada, para Keynes a solução teria que vir de um ambiente político democrático e liberal, o que admite a economia de mercado como um suposto. Dessa forma, não seria pela abolição da propriedade privada que a Crise seria superada: mas sim pela maior presença do Estado na economia, principalmente como investidor do setor produtivo e de infra-estrutura.
Pode-se dizer tranquilamente que a "Teoria Geral" de Keynes não preconizou as políticas que realmente trouxeram a superação da crise, mas sim explicaram como elas deram certo, bem como demonstrou que esse novo padrão de relacionamento entre Estado e mercado seria benéfico a própria economia de mercado e ao sistema capitalista. A experiência de que falamos é, fundamentalmente, a política do "New Deal" colocada em prática nos Estados Unidos durante o governo de Franklin Delano Roosevelt. Ao keynesianismo pode ser também creditado o encorajamento para o Plano Beveridge, na Grã-Bretanha, a partir de 1944, também no esforço de recuperação econômica pós-guerra.
Apesar das diversas interpretações sobre a Crise, é relativamente consensual na historiografia (ver, principalmente, o registro dedicado feito pelo historiador Eric Hobsbawn) que o fator especulativo na Bolsa de NY foi fator muito saliente na causação da Crise. Essa situação foi possível graças a um princípio básico no dia-a-dia do mercado, que foi o princípio da não-intervenção do Estado nas transações (ou, ao menos diga-se, a mínima intervenção do Estado).
No Brasil, a Crise atingiu a economia imediatamente. Ela coincidiu (e, de alguma forma, pode ter colaborado com) com o final da I República, alicerçada na Constituição de 1891, e no cotidiano da chamada "política do café com leite" em que as oligarquias paulista e mineira se revezavam no poder federal.
A partir de 1930, o governo provisório procedeu a cavalares compras de excedente de café com fins a manter a demanda e preservar tanto o emprego quanto o capital circulante. Essa política ficou conhecida como "política de valorização do café" e teve no Instituto do Café seu centro nevrálgico, enquanto obteve do governo federal o alicerce financeiro.
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