A questão indígena foi um dos fatores que contribuíram para a crise no Império Brasileiro, durante o Segundo Reinado.

A Lei de Terras de 1850 tornou públicas imensas parcelas do território ocupado por índios de grupos distintos, passíveis de serem adquiridas por compra por particulares. Assim, o processo de apropriação dos territórios do interior envolveu, em um primeiro momento, escolhas sobre como extraí-los aos diferentes grupos indígenas e, posteriormente, garantir que as reivindicações e lutas indígenas contra essas apropriações fossem eliminadas. No interior paulista, como em todo o Império, a apropriação das terras indígenas se deu por meio da criação de aldeamentos em terras devolutas com o objetivo de fazê-los se integrar à população nacional. Para os casos dos grupos que não participaram do sistema de aldeamentos, coube a perseguição ancorada em práticas conhecidas e apoiada pelas autoridades, na maior parte das vezes, os grandes proprietários na região.

Tendo como base o texto, compreende-se que a Lei de Terras de 1850 tinha como um de seus objetivos restabelecer novos territórios para os indígenas, visando.

A. consolidar o poder imperial, ao reduzir a aproximação entre indígenas e latifundiários na ocupação do interior.

B. fomentar a ocupação do interior do Brasil, por meio da expansão das lavouras de café e da pecuária.

C. praticar a modernização do território brasileiro, estabelecendo áreas seguras e protegidas para os indígenas.

D. promover o convívio estritamente pacifico entre os latifundiários e indígenas na ocupação do interior do Império.
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