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Ela abriu o jornal, bocejando. Tinha 15 anos. Todos os dias, procurava dar pelo menos uma olhada nas notícias, por causa da insistência do pai, que achava aquilo importante. Mas a menina ainda não se acostumara ao ritual das manhãs. Na verdade, detestava manusear o papel grosseiro, folhear as páginas que lhe sujavam os dedos. E, quase sempre, achava o conteúdo desinteressante. Gostava de ler, sim, mas não jornal e sim livros. Principalmente romances. Nesses, mergulhava por inteiro, sentindo-se transportada para outros mundos – melhores, mais vibrantes, mais fáceis de lidar do que o mundo real que a circundava. Horas depois de fechado um livro, ainda flagrava-se pensando nas personagens, conversando com elas. Os livros, sim, eram capazes de envolvê-la completamente. O jornal, não. [...] Mas naquele dia seus olhos distraídos pousaram sobre uma notícia que a prendeu de imediato. A cápsula do tempo. Dizia que um grupo francês se preparava para enviar ao espaço uma cápsula contendo mensagens da Terra. [...] Mas, ao contrário de outros projetos parecidos dos quais a menina já ouvira falar, a cápsula dessa vez não seria enviada às profundezas do espaço, para ser talvez um dia resgatada por outra civilização. Não. Dessa vez, ela ficaria em órbita da Terra e estaria programada para reentrar na atmosfera, caindo de volta em nosso planeta – só que daqui a cinco mil anos. As mensagens contidas na cápsula eram assim destinadas a nós mesmos – ao nosso futuro. [...] O que seria do mundo, então? Haveria, ainda, o mar? [...] Neste instante, a página aberta diante da menina recebeu em sua superfície uma gota. Uma gota, apenas. E ela pensou, com um sorriso triste, que a cápsula deveria conter, também, uma lágrima. SEIXAS, Heloísa. A cápsula. 2001. Disponível em: . Acesso em: 27 jul. 2021. Fragmento. Nesse texto, no trecho “... ela ficaria em órbita...” (5º parágrafo), o termo destacado refere-se à cápsula. civilização. menina. notícia.

Sagot :

O termo do quinto parágrafo "ela ficaria em órbita" se refere à menina que estava lendo o jornal, sem interesse (item C).

No texto, é transmitido para o leitor sobre a história da menina que lia sempre os jornais toda a manhã a mando de seu pai, que achava aquela atitude importante para o conhecimento de mundo da filha.

No entanto, a garota só gostava de ler livros de romance, e neste trecho o autor usa a expressão "mergulhava por inteiro”, remetendo à sua dedicação.