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Sagot :
Frans Krajcberg (1921-2017) foi um escultor, pintor, gravador e fotógrafo polonês, naturalizado brasileiro. Suas esculturas se caracterizam pelo uso de troncos e raízes carbonizadas recolhidas em desmatamentos e queimadas. Muitas lembram pulmões, corações, esqueletos e outras formas impactantes.
Frans Krajcberg nasceu em Kozienice, lugarejo no interior da Polônia, no dia 12 de abril de 1921. Estudou Engenharia e Artes na Universidade de Leningrado. Viveu de perto a II Guerra Mundial. Descendente de família judia, viu sua mãe ser enforcada pelas forças da Alemanha Nazista. O restante da família morreu em campos de concentração. Krajcberg caiu prisioneiro dos alemães, mas conseguiu escapar e entrar para o lado soviético, onde virou herói de guerra como construtor de pontes.
Após o fim do conflito, Krajcberg mudou-se para Paris, onde conheceu Fernand Léger e o russo Marc Chagall. Em 1948 veio para o Brasil. Em 1951 participou da Primeira Bienal de São Paulo. Até 1954 viveu entre Paris, Ibiza e Rio de Janeiro. Sua aversão ao contato social o levaria a se isolar numa zona de mineração de Minas Gerais, onde produzia gravuras e esculturas em pedra. Em seguida viveu um curto período no Paraná. Em 1956 mudou-se para o Rio de Janeiro, onde dividiu ateliê com o escultor Franz Weissmann. Em 1957 naturaliza-se brasileiro.
Em 1958 retornou a Paris, onde permaneceu até 1964. Alternou sua estada em Paris com viagens a Ibiza, na Espanha, onde produziu trabalhos com papel japonês, moldados sobre pedras e pintados a óleo ou guache. De volta ao Brasil, instala um ateliê em Minas Gerais, onde começa a criar as “sombras recortadas”, quando associa cipós e raízes a madeiras recortadas.
Em 1972 muda-se para Nova Viçosa, no extremo sul da Bahia. Nesse período teve que abandonar a pintura, em razão de uma intoxicação por tinta a óleo. Busca então as árvores, como companhia e como matéria prima para seu trabalho. Utiliza restos de troncos e raízes carbonizados por queimadas ou resíduos de desmatamentos, vindos da Amazônia, de Mato Grosso ou da Mata Atlântica baiana. Em suas viagens fotografa a destruição das florestas. Em 2003, Curitiba inaugurou o espaço Krajcberg, no interior do Jardim Botânico, com 114 obras, entre esculturas, feitas de madeiras carbonizadas e fotografias, doadas pelo artista.
Ao longo de sua carreira, Frans Krajcberg atuou como ativista ecológico, denunciando as queimadas no estado do Paraná, os desmatamento da Amazônia, a exploração de minérios no estado de Minas Gerais e defendeu as tartarugas marinhas que chegavam ao litoral de Nova Viçosa, para desova.
Frans Krajcberg vive em seu sítio à beira da praia, na cidade de Nova Viçosa, em meio a uma floresta de 10 mil árvores de espécie nativa que ele introduziu na localidade desde a década de 70. Não gosta que o chamem de artista plástico, diz que é um militante ecológico.
Frans Krajcberg faleceu no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, onde estava internado, no dia 15 de novembro de 2017.
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