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Sagot :
eintegrando a região ao Estado de Mato Grosso. Apesar dessa política, os divisionistas, durante as reuniões da Assembleia Constituinte, reorganizam-se e tentam a transferência da capital de Cuiabá para Campo Grande.
Resposta:
Criado em 1977 e implantado em 1979, o Estado tem uma história marcada por movimentos políticos, sociais, econômicos e culturais.
Ernesto Geisel assinou em 11 de outubro de 1977 a Lei Complementar nº 31, que decretou desmembramento de MT e criou MS.
A história político-social e econômica remonta, porém, a acontecimentos do fim do século XIX, que deram início às mobilizações e manifestos em favor da divisão do MT, que aconteceria quase um século depois. Quando já era considerado uma causa perdida, o movimento ganhou força com o recrudescimento do regionalismo sul-mato-grossense, mas lideranças políticas à época asseguram que pesou no desmembramento do uno Mato Grosso a visão militarista sobre a geopolítica brasileira.
Para a historiadora Maria Bittar, a conjugação de interesses regionais entrelaçou as condições que possibilitaram a vitória de uma causa considerada perdida. Os interesses da oligarquia agrária sulista, a rivalidade política entre Cuiabá e Campo Grande e a elite da pecuária foram os componentes principais do movimento separatista.
Ciclos da mobilização
Por volta do ano de 1889 políticos corumbaenses propuseram, por meio de manifesto público, a transferência da capital de Mato Grosso para Corumbá, iniciando aí o movimento divisionista que, gradativamente, foi se estabelecendo com os debates políticos e manifestações populares. O movimento separatista pode ser dividido em quatro grandes fases que acompanham a evolução histórica do Estado no período republicano.
Posse de Harry Amorim Costa e instalação do Governo de MS. Teatro Glauce Rocha - Campo Grande (1º de janeiro de 1979).
A partir de 1920, com a transferência do comando da Circunscrição Militar para Campo Grande e o aumento do contingente militar no Sul de Mato Grosso, as oligarquias sulinas, decepcionadas com as antigas alianças, aliam-se aos militares e adotam sugestões de outros movimentos vindos de fora do Estado como forma de fortalecer a causa local.
A segunda fase, de 1930-1945, é o período em que o movimento começa a se organizar. As lutas armadas, gradativamente, são substituídas por pressões políticas junto ao governo federal. Em 1932, os sul-mato-grossenses aliam-se aos paulistas e lutam na Revolução Constitucionalista.
Este confronto armado foi liderado por Bertoldo Klinger, comandante da Circunscrição Militar em Mato Grosso e comandante-geral das tropas rebeldes instaladas no sul de Mato Grosso. Para o Governo Dissidente é nomeado Vespasiano Martins. Essa revolução serviu para divulgar a ideia divisionista e Campo Grande torna-se o centro político de difusão do movimento.
Após a promulgação da nova Constituição, com a derrota da tese e dos movimentos divisionistas, Getúlio Vargas adota a política nacionalista “Marcha para o Oeste”, a qual visava, entre outros objetivos, a segurança das fronteiras. Para isso mandou instalar novas unidades militares no sul de Mato Grosso.
Em 1943, Getúlio Vargas, em nome da segurança das fronteiras cria o Território de Ponta Porã, excluindo Campo Grande, a principal cidade divisionista. Nesse período, o sul de Mato Grosso é marcado por grande prosperidade, mas sem poder, contudo, assegurar o equilíbrio das finanças estaduais.
A terceira fase vai de 1945 a 1964. Após a deposição de Getúlio Vargas, o novo presidente da República é o General Eurico Gaspar Dutra, que era mato-grossense de Cuiabá. Ele adota uma política de redemocratização do país, a qual reforça a política de integração nacional que incentiva a manutenção da unidade estadual.
Desfile do 1º governador de MS, no estádio Morenão, ao lado de Ernesto Geisel.
Em 1946, após a promulgação da Constituição, o governo federal extingue o Território de Ponta Porã rAs iniciativas separatistas desse período são frustradas, em parte, devido a grande representatividade política dos sul-mato-grossenses nas esferas estadual e federal, e também, por causa da política de integração nacional do governo federal.
A quarta fase é de 1964-1977. O golpe de 31 de março de 1964 põe fim a um período de democracia e inicia um regime militar autoritário. Os militares, buscando um maior controle dos problemas da sociedade, adotam a política do desenvolvimento com segurança, o que permitiu a criação de programas que facilitam o desenvolvimento de alguns Estados, entre eles Mato Grosso. Nesse período, os políticos divisionistas aproximam-se dos militares o que lhes permite tomar parte de algumas comissões que estudam (secretamente) as potencialidades políticas que impediam a divisão de Mato Grosso.
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