Nas moendas, formadas por vários ternos com dimensões diferentes a cana é esmagada. Cada
terno, ou “castelo” como também são conhecidos, possui quatro rolos principais denominados
rolos de entrada, rolo superior, rolo de pressão e rolo de saída. No primeiro terno, são extraídas as
maiores quantidades de caldo. Depois disso, a cana é embebecida com água e passa pelos demais
ternos até que cerca de 94 a 97% do seu caldo seja extraído. O número de ternos varia de quatro a
sete. Outra forma de extração do caldo é o difusor de cana onde a extração ocorre por meio da
ruptura das células no preparo da cana onde se encontra a sacarose e a lavagem destas com água ou
caldo da própria cana. Neste processo, os índices de extração podem chegar a até 98%. Após a extração do caldo, o processo se divide em três diferentes estágios. De um lado, o bagaço que sobra é dirigido para uma
esteira, ou direcionado diretamente para as caldeiras onde será queimado e seu vapor transformado em energia, em um processo conhecido por cogeração de energia ou bioeletricidade. As usinas brasileiras são autossuficientes em energia no período da safra e ainda exportam um excedente para as redes de distribuição vendendo assim créditos de carbono em conformidade com o protocolo de Kioto.
Cada tonelada de cana processada gera em média 260 quilos de bagaço e a energia cogerada pode acionar as moendas dos processos elétricos ou o vapor utilizado para o acionamento que transforma energia térmica em mecânica. Depois de extraído o caldo da cana, o próximo passo será um tratamento neste caldo que tem como finalidade a retirada de impurezas solúveis e insolúveis nele encontradas. O tratamento pode ocorrer em várias fases desde a passagem deste caldo por peneiras, por meio de força centrífuga para separar os materiais sólidos do líquido, pesagem do caldo, permitindo melhor controle químico do processo e tratamento químico do caldo.
Depois de tratado, o caldo pode ser encaminhado para a fabricação de açúcar ou de etanol. No
primeiro caso, o caldo passa por um processo conhecido como “sulfitação”, que tem por objetivo
inibir reações que causam formação de cor como, por exemplo, o escurecimento do caldo,
coagulação de coloides e ainda, diminuir a viscosidade do caldo. Após isso, o caldo é submetido à
calagem que tem como objetivo diminuir o PH e eliminar corantes. Enfim, o caldo é preparado para
a próxima fase: o aquecimento. caso de uma usina de etanol, o caso da nova ALBANESE S/A
Nela, o caldo é aquecido à aproximadamente 105º célsius com a finalidade de acelerar e
facilitar a coagulação aumentando a eficiência da decantação e possibilitando a degasagem, ou seja,
a retirada dos gases que ainda possam constar neste caldo que está sendo preparado. Depois de
aquecido, o caldo é purificado em um processo chamado decantação ou clarificação.