Texto 1 O poeta [...] Sabem as noites do céu E as luas brancas sem véu Os prantos que derramei! Contém do vale as florinhas Esse amor das noites minhas! Elas sim... que eu não direi! E se eu tremendo, senhora, Viesse pálido agora Lembrar-vos o sonho meu, Com a fronte descorada E com a voz sufocada Dizer-vos baixo: ─ Sou eu! Sou eu! que não esqueci A noite que não dormi, Que não foi uma ilusão! [...] Riríeis das esperanças, Das minhas loucas lembranças, Que me desmaiam assim? Ou então, de noite, a medo Choraríeis em segredo Uma lágrima por mim! Texto 2 Quando as vozes suaves morrem Quando as vozes suaves morrem sua música ainda vibra na memória; quando as violetas doces ficam doentes, sua fragrância permanece nos sentidos. As folhas da roseira, quando a rosa morre, elas são empilhadas para a cama do amante; E então, em seus pensamentos, quando você se for o próprio amor vai dormir. O Texto 1 estabelece uma relação de continuidade com o Texto 2 porque, nos dois textos, o eu lírico