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Sagot :
Resposta:
O multiculturalismo no Brasil começou a se configurar no período pós-colonização, ainda no século XV, devido à gama de etnias com suas representações culturais que foram se miscigenando gradativamente ao longo dos séculos (Vainfas, 1999). Marcadamente, tivemos forte presença de portugueses, holandeses e franceses nesse processo, junto às etnias indígenas e durante as invasões e alianças, deixando suas representações e raízes culturais que passaram a ser incorporadas (ibidem). Por volta de 1535, somam-se no Brasil os africanos, infelizmente escravizados, que serviam à monocultura inicialmente canavieira, indo o tráfico até aproximadamente a década de 1850 (Patarra; Fernandes, 2011; Gomes, 2019).
Desse processo de múltiplas etnias e seus costumes nasce a cultura brasileira, com aspectos marcadamente registrados em cada região do país, mas com outros que são generalistas a toda a sua população (Holanda, 1995). Portanto, em virtude dessa construção histórico-étnica, o Brasil tornou-se singular, por incorporar nas comunidades expressões linguísticas, religiosidade, vestimentas, alimentação, artesanato, música, folclores, comportamentos e muito mais (Sodré, 1962; Santana; Santos; Silva, 2015).
No início do século XIX, tem-se na política do Brasil um programa de imigração dirigida e livre para expansão do território agrícola, que atraiu alemães, italianos e japoneses, passando a somar com sua cultura, folclore, modo de vida e idioma (Patarra; Fernandes, 2011). Os japoneses e sua cultura chegaram no ano de 1908, representando 4% de todos os imigrantes que chegaram ao país desde o início do século XIX (Suzuki, 1995).
Cada grupo étnico trouxe para somar à cultura em desenvolvimento do Brasil seus aspectos étnicos próprios quanto a três componentes que constituem uma comunidade com expressão étnico-cultural própria: o corpus, a praxis e o kosmos teorizado pelos pesquisadores em etnociência Toledo e Barrera-Bassols (2008).
O corpus significa todos os conhecimentos adquiridos e transmitidos em uma comunidade, representados pelo contato e pelas vivências com a natureza ao longo das gerações, com o desenvolvimento de uma linguagem própria e da formação de sua estrutura de social; o kosmos são todas as crenças, mitos, lendas e a misticidade espiritual que pertence à comunidade; por fim, a praxis, que representa todas as práticas desenvolvidas pela comunidade expressas no artesanato, nas construções de edificações e instrumentos para uso cotidiano e nos comportamentos marcadamente representativos das pessoas que a constituem (Toledo; Barrera-Bassols, 2008; Cypriano; Teixeira, 2017).
Assim floresce a cultura do Brasil, com sua diversidade étnica; em meio a essa diversidade, a legislação brasileira tenta evoluir na garantia de direitos e deveres, expressa desde o final do século passado como “pluralidade cultural” (Brasil, 1997).
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