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Os significantes ligados à felicidade na atualidade perpassam pelo consumo e pela hiperexposição. A crença de que "é preciso ter" tem sido sobreposta pela máxima "é necessário ter e transparecer que se tem". Debord já alertava, na década de 1960, que as relações se tornavam cada vez mais mediadas por imagens, ou seja, pela aparência.

Nesse contexto contemporâneo, as crenças e os mitos relativos à felicidade também se reproduzem no campo do trabalho. Se, por um lado, novas profissões foram criadas e algumas funções se tornaram menos desgastantes, devido ao incremento do conhecimento e da tecnologia, por outro, o ambiente laboral se tornou um dos maiores propulsores de incertezas, adoecimentos e insatisfação, alinhando-se às crenças e aos mitos sobre a felicidade que são prejudiciais ao desenvolvimento e ao bem-estar das pessoas.

No entanto, algumas organizações buscam amenizar esses aspectos negativos por meio da criação de programas, atividades e treinamentos que colaborem para um ambiente laboral com maior promoção de bem-estar. Uma dessas empresas é a Nova Perspectiva, que é do ramo de consultorias e tem como missão a desmitificação de crenças e mitos sobre a felicidade.

Imagine que você seja consultor dessa empresa e tenha sido convidado a elaborar uma palestra sobre crenças e mitos da felicidade na sociedade contemporânea. A parte da apresentação que foi destinada a você envolve os principais mitos que cercam a temática.

Tendo isso em vista, eleja três mitos ligados à felicidade na atualidade e, após descrevê-los, sintetize em um parágrafo como se pode problematizá-los no contexto do trabalho.


Sagot :

Resposta:

Podem-se citar os três seguintes mitos:

1) Ser feliz como sinônimo de consumir: na contemporaneidade, um mito muito disseminado é o de que a felicidade advém da possibilidade de consumo.

2) Ser feliz como correlato ao ter: a partir da modernidade, o ter passou a se sobrepor ao ser; assim, só é feliz quem tem posses.

3) Felicidade como aparecer e ser percebido: o surgimento das redes sociais, associado à revolução do capitalismo contemporâneo, contribuiu para o surgimento desse mito.

Esses mitos são os principais representantes dos sentidos atribuídos à felicidade no tempo contemporâneo. A problematização desses sentidos passa, primeiro, pela compreensão de como eles são constituídos. No ambiente do trabalho, os casos de exaustão, esgotamento mental e doenças psíquicas podem ser associados à busca de uma felicidade que é imposta externamente, na busca por um horizonte de felicidade que é idealizado.

É preciso problematizar as noções prontas de felicidade, principalmente no que se refere ao mundo do trabalho, visto que essas idealizações podem criar armadilhas ao trabalhador, levando a ambientes laborais insalubres e desgastantes, com o objetivo de atender às demandas de felicidade impostas pela sociedade contemporânea e ao que se entende por sucesso.

Explicação: