Categoria: Autor: 3BIM- LP - O lugar da arte -8º Ano EF -26/08/21 (EF67LP27) Analisar, entre os textos literários e entre estes e outras manifestações artísticas (como cinema, teatro, música, artes visuais e midiáticas), referências explícitas ou implícitas a outros textos, quanto aos temas, personagens e recursos literários e semióticos; 26/08/21 - 8º Ano EF - Língua Portuguesa - O lugar da arte Grafites em muros de avenida de São Paulo são pintados de cinza Av. 23 de Maio tinha o maior mural a céu aberto da América Latina. Prefeitura diz que apagou grafites que estavam sujos ou pichados. Uma operação de limpeza cobriu de tinta muros que expunham grafites, em São Paulo. E isso provocou debate na maior cidade brasileira Na guerra da prefeitura contra a pichação, sobrou para a arte de rua. Os muros da Avenida 23 de Maio eram ícones do grafite em São Paulo: o maior mural a céu aberto da América Latina, com quase cinco quilômetros e meio de extensão. Agora não fazem mais parte da paisagem. As pinturas foram encomendadas pela prefeitura na gestão anterior, a um custo de R$ 1 milhão; 200 grafiteiros deixaram ali suas obras. Em alguns muros, grafite e pichação se misturaram. Agora foram apagados. A arte urbana e a sujeira desapareceram sob uma mesma cor: um polêmico tom de cinza. Muro a muro, tudo foi ficando igual. “São Paulo não é assim. São Paulo tem que ser pintada, tem que ser colorida, tem que ter vida”, diz a artista plástica Bárbara Goy. Muitos que passam por ali sentem falta do caminho colorido. “O grafite é uma obra de arte, agora pichação é rabisqueira”, diz a dona de casa Claudete de Aguiar. “Grafite decora a parede, que é melhor, agora a pichação suja tudo, você não entende o que estão falando”. O arquiteto e urbanista Kazuo Nakano considera uma medida autoritária: “É uma abordagem equivocada porque o grafite tem que ser entendido como parte do espaço público, e uma ação sobre o espaço público nunca pode ser impositiva”, disse. A prefeitura diz que houve critério para escolher quais pinturas iriam ser apagadas. “Estavam danificadas, cores esmaecidas, havia pichação por cima, ou muito poluídas pela própria poluição dos carros que passam por ali, essas foram cobertas”, explicou André Sturm, secretário de Cultura. Em todo o mundo, é difícil estabelecer regras. Em Londres, quem estragar a beleza de um lugar pode ser preso. Mas os grafites viraram símbolos da cidade: ajudam a atrair turistas. E o ex-primeiro ministro David Cameron deu de presente ao ex-presidente americano Barack Obama uma obra de um grafiteiro. A prefeitura de São Paulo disse que vai designar áreas da cidade para os grafiteiros pintarem e criar um museu de arte urbana. Oito murais foram preservados como os do artista plástico Kobra. Retratam a São Paulo antiga e um título que costumava orgulhar a cidade: “São Paulo, capital da arte de rua”. Disponível No fragmento a seguir: “São Paulo não é assim. São Paulo tem que ser pintada, tem que ser colorida, tem que ter vida”. Temos a opinião A) da artista plástica Bárbara Goy. B) da dona de casa Claudete de Aguiar. C) da prefeitura de São Paulo.