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Informação Opinião

Ministério do Ambiente

Eleclerc ate 12 de setembro

As ameaças à Democracia

A propósito da realização, neste fim de semana, do congresso do partido de André Ventura dei-me, sem dar por isso, a reflectir sobre as ameaças que, um pouco por todo o lado,

grassam contra os regimes democráticos e sobre a sua persistente resiliência.

Em jeito de conforto, veio-me ao pensamento, a célebre frase atribuída a Winston Churchill, o primeiro-ministro responsável pelo governo do Reino Unido durante a segunda grande guerra, de que “A democracia é a pior forma do governo com exceção de todas as demais”.

Torna-se caricato, na verdade, que um regime, fortemente caracterizado pela liberdade, possa, por essa mesma razão, permitir dentro de si a germinação de forças capazes de deitar mão de quaisquer meios que o possam destruir.

A História e a Sociologia trazer-nos-ão, com certeza, explicações consistentes para estes fenómenos que, tendo sido característica de movimentos da extrema-esquerda nos anos sessenta e setenta do século passado, passaram, no princípio deste século, para movimentos de extrema-direita.

Têm quase sempre mentores especialistas na arte da dialética, conhecedores das melhores formas e métodos para instrumentalizar os espíritos, de modo especial dos menos acautelados e dos mais fragilizados, deitando quase sempre mão de argumentos com base em premissas falsas ou então em meias-verdades.

A este propósito, ouvíamos há dias, o doutor Ventura afirmar, com grande convicção, que ele próprio havia sido julgado em meia dúzia meses enquanto o ex-primeiro ministro, José Sócrates, está há mais de seis anos para ser julgado.

Para os mais incautos, ouvir afirmações como estas, pode levar a darem-lhe razão. Mas claro que se trata de pura e simples demagogia. Julgar a gravidade de afirmações públicas como as por si proferidas, eventualmente caluniosas, amplamente divulgadas pelos meios de comunicação social, não tem nada a ver com julgar situações de grande complexidade, envolvendo corrupção, lavagem de dinheiro, dezenas de intervenientes e ocorrendo em vários países.

Mas é usando habilidades tão simples como esta que vão conquistando terreno e engrossando as suas fileiras, sobretudo com gente descontente com a classe política, que está farta de assistir ao aproveitamento de alguns servidores do estado.

Resposta:

proximidade das eleições, ganham corpo e ousadia, mesmo entre candidatos, algumas ameaças à democracia instaurada pela Constituição de 1988. Aliás, nada de novo, pois fazem parte de uma longa tradição daqueles que se valem da democracia para acabar com ela. Muito se promete contra as liberdades democráticas, inclusive, paradoxalmente, mais liberdade. Entretanto, como lembra Norberto Bobbio, o grande estudioso das formas de governo, desde sempre, ao final do caminho que se pavimenta com aventuras contra a democracia, o que sempre se encontra é apenas decepção (cito): “Todo o resto está entre a construção de castelos no ar e a agitação pela agitação destinada a fazer aumentar, a curto e a longo prazo, as frustrações. É pouco. Mas mesmo este pouco é tão incerto que buscar outra coisa significa colocar-se mais uma vez na estrada das expectativas destinadas à desilusão” (O Futuro da Democracia, 2006, p. 95).

De todas as características benfazejas da democracia, sem sombra de dúvida, nenhuma desperta mais a nossa admiração do que o respeito às expectativas de todos os competidores, consistente na deferência e acatamento às regras do jogo. Não há possibilidade de democracia, advertia Bobbio, sem um mínimo de consenso sobre as regras do jogo. É um regime em que, basicamente, se pode discordar de quase tudo, desde que aceitemos as regras mediante as quais serão distribuídos os poderes e as competências para a solução desses conflitos.

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