Na nossa alimentação, é possível encontrar vários casos de moléculas constituídas por subunidades ligadas entre si, em padrões que se repetem inúmeras vezes. A estas moléculas, chamamos de polímeros e a cada subunidade que se repete, chamamos de monómero.
O Amido e a Celulose são polímeros e os monómeros de ambas estas moléculas são unidades de Glicose. A diferença prende-se com o tipo de Glicose que as constitui:
Pode parecer pouco, mas esta pequena diferença muda totalmente as propriedades do polímero que delas resulta, entre elas, a força e tipo de ligação entre os vários monómeros.
Aquando da digestão, há um conjunto de enzimas digestivas que atua na quebra de ligações entre os monómeros, de forma a que os possamos absorver.
As enzimas capazes de quebrar as ligações entre os monómeros do Amido, são chamadas de Amilases, enquanto as enzimas capazes de quebrar as ligações entre os monómeros da Celulose, são chamadas de Celulases.
A capacidade de um indivíduo conseguir, ou não, realizar a digestão de um composto prende-se muito com a existência, ou não, da enzima necessária para o fazer, e é aqui que reside o problema: o ser humano produz amilase (presente, por exemplo, na saliva - amilase salivar) mas não produz celulase.
É por este motivo que o ser humano consegue digerir o Amido, mas não consegue digerir a Celulose.
Podes estar a perguntar-te: "Então e os herbívoros? Eles digerem a Celulose, então, produzem celulase?"
Não, os herbívoros não produzem celulase. No entanto, possuem bactérias no seu sistema digestivo que a produzem, possibilitando a digestão da Celulose.
No nosso caso, nenhuma das bactérias na nossa flora intestinal produz celulases, pelo que a Celulose não é digerida e atua apenas como uma fonte de fibra que usamos para regular o trânsito intestinal.
Podes ver mais exercícios sobre Celulose, Amido e enzimas digestivas em:
