Um dos grandes nomes da Filosofia da Ciência, o austríaco Karl Popper (1902-1994) propôs o conceito de falseabilidade. O texto a seguir faz uma breve síntese deste conceito central.

A possibilidade de uma teoria ser refutada constituía para o filósofo a própria essência da natureza científica. Assim, uma teoria só pode ser considerada científica quando é falseável, ou seja, quando é possível prová-la falsa. Esse conceito ficou conhecido como falseabilidade ou refutabilidade. Segundo Popper, o que não é falseável ou refutável não pode ser considerado científico. As teorias da gravitação universal de sir Isaac Newton são científicas, por que, além de se enquadrarem na definição ao propor equações simples que descrevem os modelos cósmicos gravitacionais, também é possível se fazer previsões acertadas com base nelas. E as teorias de Newton também são falseáveis. Tanto que o foram, quando Albert Einstein com sua Teoria da Relatividade demonstrou que a mecânica newtoniana não era válida em velocidades próximas à da luz.

A respeito do conceito apresentado no texto e da conjuntura de discussão científica no contexto da Covid-19, é correto afirmar que
Alternativas
Alternativa 1:
a fala de Popper apresenta um viés relativista, visto que desconfia dos procedimentos científicos.

Alternativa 2:
a ciência se caracteriza como uma única via possível de conhecimento válido, conforme a teoria de Popper.

Alternativa 3:
o conceito de falseabilidade carrega em si um sentido que as transformações científicas se caracterizam por uma linearidade.

Alternativa 4:
a ideia de falseabilidade é uma chave de compreensão para "ler" a ciência. Noutras palavras, para que uma teoria seja válida ela precisa refutar ou ser refutada.

Alternativa 5:
a ideia de falseabilidade em Popper não se aplica aos dias atuais, já que a pandemia de Covid-19 mostra a consolidação dos pressupostos do presente frente ao do passado.