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Sagot :
SABE AQUELE MOMENTO em que você não sabe o que está acontecendo? Bom, eu estou em uma dessas situações.
Desde de que eu me entendo por gente sei de todos os negócios de meus pais, fui criada para seguir em frente quando os dois já não estiverem mais em condições de prosseguir. Não me entenda mal, eu amo a vida que eu tenho, é só que às vezes eu não sei como manter o foco e não berrar para todos.
Eu até conseguia controlar meus pensamentos diariamente, mas era preciso do colo do meu melhor amigo. Se é que posso o chamar assim.
Vitor Donovan, o garoto que divide toda minha infância e adolescência. Nossos pais sempre foram melhores amigos, digamos que o famoso quatro é pá deu certo. Viraram sócios desde de que entraram no ramo da tecnologia, criar uma marca de eletrônicos é uma prova de que a amizade deles foi pra valer.
Eu e Vitor fomos criados como irmãos, sendo assim tendo dois pais e duas mães. Nossa amizade era quase como a de um filme clichê americano. Dividimos tudo, somos inseparáveis.
Quando nossos pais entraram no auge da fama da empresa, nos mudamos para Nova Iorque, deixando nossa pequena ex-cidade Beaufort, que fica na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Tínhamos 10 anos quando mudamos, era tudo muito novo, duas crianças imaturas que pretendiam sempre estar juntas. O que não foi bem o que aconteceu.
Chegando em Nova Iorque, conhecemos o casal de irmãos Baker. Viramos um quarteto legal, tirando pelo fato de Vitor nunca se dar bem com Theodoro, o que complicou as coisas quando queríamos algo harmônico.
Vitor sempre demonstrou ciúmes de Theo, segundo ele; os dois tinham um plano para separar nós dois. O que é bizarro, mas que não aconteceu diferente.
Com 15 Theo me pediu em namoro, e com raiva Vitor pediu Carla também. Eu aceitei como uma adolescente qualquer faria, afinal, Theo é um cara gostoso e o mais popular de toda a escola. Cabelos loiros escuros, olhos azuis que brilhavam quando a luz batia, sorriso sedutor e com certeza educado e de boa família.
Depois dos namoros tudo desandou, eu e Vitor nos distanciamos um pouco mas continuamos tendo contato. Até minha festa de 17.
Não me arrependo de nada, faria de novo. Mas poderia ter sido diferente. Eu e eles estávamos bêbados no terraço de minha casa, a festa toda rolava lá embaixo. Era apenas eu e ele, olhando as estrelas enquanto sorriam feito duas crianças.
Meu coração estava acelerado e eu sentia o desejo imenso de beijá-lo, mas sabia que era errado. Mas desde de quando bêbado pensa? Bom eu não pensei.
Me lembro de cada detalhe, a gente se beijou feito louco e por sorte ninguém apareceu. As coisas esquentaram e já não tínhamos controle de nada.
Acordamos pelados na manhã seguinte, um sorriso no rosto de quem tinha realizado um sonho. Vestimos nossas roupas e descemos, sem falar uma palavra. O silêncio estava tão confortável, era como se tivéssemos deixado tudo mais leves.
Mas a realidade bateu em nossa porta quando vimos nossos namorados dormindo com ressaca no sofá, juntos a várias pessoas. Respiramos fundo tentando manter a calma e depois nos olhando. Foi aí que tudo acabou.
“Devemos esquecer isso, ninguém pode saber” Falei rapidamente e ele assentiu passando a mão pelo cabelo. “Isso foi um erro pra você?” Ele me perguntou e eu não respondi. Era óbvio que não, tinha sido o melhor presente de aniversário do mundo. “Vamos esquecer isso, Carla te ama e você também. Theo e eu estamos indo bem ultimamente, por favor, nada disso aconteceu. “ Falei e ele assentiu subindo as escadas até o quarto de visitas.
E foi nesse dia que minha vida desabou, junto a metade de mim.
Éramos dois estranhos agora, só que com memórias.
Desde de que eu me entendo por gente sei de todos os negócios de meus pais, fui criada para seguir em frente quando os dois já não estiverem mais em condições de prosseguir. Não me entenda mal, eu amo a vida que eu tenho, é só que às vezes eu não sei como manter o foco e não berrar para todos.
Eu até conseguia controlar meus pensamentos diariamente, mas era preciso do colo do meu melhor amigo. Se é que posso o chamar assim.
Vitor Donovan, o garoto que divide toda minha infância e adolescência. Nossos pais sempre foram melhores amigos, digamos que o famoso quatro é pá deu certo. Viraram sócios desde de que entraram no ramo da tecnologia, criar uma marca de eletrônicos é uma prova de que a amizade deles foi pra valer.
Eu e Vitor fomos criados como irmãos, sendo assim tendo dois pais e duas mães. Nossa amizade era quase como a de um filme clichê americano. Dividimos tudo, somos inseparáveis.
Quando nossos pais entraram no auge da fama da empresa, nos mudamos para Nova Iorque, deixando nossa pequena ex-cidade Beaufort, que fica na Carolina do Sul, nos Estados Unidos. Tínhamos 10 anos quando mudamos, era tudo muito novo, duas crianças imaturas que pretendiam sempre estar juntas. O que não foi bem o que aconteceu.
Chegando em Nova Iorque, conhecemos o casal de irmãos Baker. Viramos um quarteto legal, tirando pelo fato de Vitor nunca se dar bem com Theodoro, o que complicou as coisas quando queríamos algo harmônico.
Vitor sempre demonstrou ciúmes de Theo, segundo ele; os dois tinham um plano para separar nós dois. O que é bizarro, mas que não aconteceu diferente.
Com 15 Theo me pediu em namoro, e com raiva Vitor pediu Carla também. Eu aceitei como uma adolescente qualquer faria, afinal, Theo é um cara gostoso e o mais popular de toda a escola. Cabelos loiros escuros, olhos azuis que brilhavam quando a luz batia, sorriso sedutor e com certeza educado e de boa família.
Depois dos namoros tudo desandou, eu e Vitor nos distanciamos um pouco mas continuamos tendo contato. Até minha festa de 17.
Não me arrependo de nada, faria de novo. Mas poderia ter sido diferente. Eu e eles estávamos bêbados no terraço de minha casa, a festa toda rolava lá embaixo. Era apenas eu e ele, olhando as estrelas enquanto sorriam feito duas crianças.
Meu coração estava acelerado e eu sentia o desejo imenso de beijá-lo, mas sabia que era errado. Mas desde de quando bêbado pensa? Bom eu não pensei.
Me lembro de cada detalhe, a gente se beijou feito louco e por sorte ninguém apareceu. As coisas esquentaram e já não tínhamos controle de nada.
Acordamos pelados na manhã seguinte, um sorriso no rosto de quem tinha realizado um sonho. Vestimos nossas roupas e descemos, sem falar uma palavra. O silêncio estava tão confortável, era como se tivéssemos deixado tudo mais leves.
Mas a realidade bateu em nossa porta quando vimos nossos namorados dormindo com ressaca no sofá, juntos a várias pessoas. Respiramos fundo tentando manter a calma e depois nos olhando. Foi aí que tudo acabou.
“Devemos esquecer isso, ninguém pode saber” Falei rapidamente e ele assentiu passando a mão pelo cabelo. “Isso foi um erro pra você?” Ele me perguntou e eu não respondi. Era óbvio que não, tinha sido o melhor presente de aniversário do mundo. “Vamos esquecer isso, Carla te ama e você também. Theo e eu estamos indo bem ultimamente, por favor, nada disso aconteceu. “ Falei e ele assentiu subindo as escadas até o quarto de visitas.
E foi nesse dia que minha vida desabou, junto a metade de mim.
Éramos dois estranhos agora, só que com memórias.
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