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Sagot :
Resposta:
O conflito entre indígenas e produtores rurais em Mato Grosso do Sulx é um problema antigo e longe de se resolver. Estudos apontam que a questão fundiária vem se arrastando desde 1880, logo depois da Guerra do Paraguai, com a chegada da Companhia Matte Laranjeira.
O estado demorou 30 anos para defender os direitos dos índios. Durante esse tempo, os indígenas eram obrigados a trabalharem forçados para a companhia. Só entre 1915 e 1928 que foram criadas as oitos reservas indígenas no estado. Naquela época, a área demarcada já era considerada insuficiente. Com o tempo, o crescimento populacional indígena e a expansão das cidades e das atividades agropecuárias contribuíram para as brigas por terra ficarem mais acirradas.
O último confronto aconteceu na fazenda Ivu, em Caarapó, no sudoeste do estado, onde um índio morreu e outros seis ficaram feridos na terça-feira (14). Os indígenas tentaram retomar a área, que está dentro da terra indígena Dourados Amambaipeguá I, e os fazendeiros tentaram impedir a ação. Um acusa o outro de ter iniciado o embate.
A área consta no Relatório Circunstanciado de Identificação e Delimitação aprovado pela aprovação pela Fundação Nacional do Índio (Funai) no dia 12 de maio de 2016, que considerou a área terra indígena. O procedimento de identificação e delimitação da terra foi realizado no âmbito do Compromisso de Ajustamento de Conduta (CAC), firmado em novembro de 2007, entre Funai e Ministério Público Federal (MPF). Segundo a assessoria da Funai, o próximo passo é a demarcação e homologação da terra.
A área está localizada nos municípios de Caarapó, Laguna Carapã e Amambai e tem 55.590 hectares. A Douradosx Amambaipeguá I é tradicionalmente ocupada pelo povo guarani-kaiowá.
Ocupação tradicional
Em nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai) informou que os guarani-kaiowá lutam há décadas pela regularização fundiária de territórios de ocupação tradicional. Além disso, a instituição condena "toda e qualquer reação desproporcional embasada em atos de força e de violência contra o povo indígena".
Na avaliação do assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Carlo Daniel Coldibelli Francisco, a abertura de processos demarcatórios fomenta as ocupações indígenas.
“Pedem que acabem as invasões porque a violação de direitos não pode se tido como mecanismo de insatisfação. Os processos administrativos correm à revelia do afetado [fazendeiro]. Quando o proprietário toma conhecimento, recorre à Justiça e suspende o processo administrativo”, disse Francisco.
Explicação:
Espero ter ajudado
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