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Quantas constituições o imperador "indiano" elaborou? E qual o seu objetivo?
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Sagot :

Resposta:

Cada 30 de janeiro, desde há 54 anos, celebra-se em muitos países do mundo o denominado «Dia escolar da não violência e da Paz» (DENIP). Para desenvolver, por meio de atividades educativas adequadas, atitudes pacifistas entre os escolares dos diferentes níveis do ensino. A data está tendo desde há anos um grande sucesso, pelo que temos que agradecer ao pedagogo balear Llorenç Vidal, que tivesse a feliz ideia e iniciativa de criar esta comemoração no seu momento. Como em «As Aulas no Cinema» já dediquei depoimentos a grandes pacifistas como Gandhi, Luther King, Tagore e Mandela, para a série que estou a dedicar aos grandes vultos da humanidade, que todos os escolares devem conhecer, e que iniciei com Sócrates, encontrei uma figura excecional e surpreendente, um caso raro e único, um grande imperador da Índia, que chegou a ser um grande defensor da Paz e da liberdade, especialmente religiosa. Um modelo de governante, que, depois de refletir sobre o bárbara que é a guerra, e de abraçar o budismo, decidiu terminar no seu império com todas as ações bélicas, para que os cidadãos indianos pudessem viver em paz e irmandade, respeitando-se, apesar das suas lógicas diferenças. Tal personagem não foi outro que Asoka, nome que tem várias versões de grafado (Ashoka, Açoka, Açoca e Axoca). Com ele completo o número 31 da série de grandes personalidades universais.

Asoka é considerado o primeiro imperador da Índia, pois foi o primeiro a reinar sobre grande parte do subcontinente indiano, com exceção das regiões do sul. O rei Asoka, filho do rei Bindusara, foi o terceiro da dinastia Maurya. Nasceu perto de 304 a.C. Parece ter havido uma guerra de sucessão durante dois anos, durante a qual pelo menos um dos seus irmãos foi morto. Asoka começou a governação perto de 274 a.C. Em 262 a.C., Asoka conquistou a região de Kalinga, correspondente aproximadamente ao moderno Estado de Orissa. A mortandade e sofrimento resultantes desta guerra provocaram uma alteração na personalidade do rei. Desde então, governou o seu vasto império sob o signo da paz, moralidade, respeito, justiça, prosperidade, sem esquecer a proteção da natureza vegetal e animal.

Protegeu e apoiou a doutrina budista com respeito pelas outras religiões. Asoka chegou a criar um ministério para a moral e a religião perto de 261 a.C.. No ano 253 a.C. convocou um concílio budista para Pataliputra, a capital. Diz-se que construiu 84.000 stupas (santuários budistas). Ademais Asoka desenvolveu as culturas do arroz e do algodão. E também o comércio interno e com o exterior. A Índia exportava especiarias, pedras preciosas, elefantes, algodão, etc. e importava seda, cavalos e ouro. Muito do pouco que se sabe hoje do rei Asoka resulta da decifração dos seus éditos inscritos em pedra.

Asoka mandou construir colunas encimadas por um capitel com quatro leões em posição de dorso contra dorso. Por baixo de cada leão está uma roda. Este capitel de leões tornou-se um emblema nacional da Índia, figurando em muito símbolos oficiais e a roda foi incorporada na bandeira da Índia.

Asoka morreu em 232 a.C.. O império desmoronou-se em 180 a.C., apenas perto de 50 anos após a sua morte. Atribui-se este desenlace às grandes despesas com um enorme exército necessário durante as conquistas, mas supérfluo em tempo de paz e também a problemas religiosos.

No início, Asoka governou o Império como seu avô fez, de forma eficiente, mas de maneira cruel. Ele usou a força militar para expandir o Império e criado sádicas regras contra os criminosos. Um viajante chinês chamado Xuanzang (Hsüan-tsang), quem visitou a Índia por vários anos durante o século VII d.C., relata que, mesmo durante o seu tempo, perto de 900 anos depois do tempo de Asoka, com tradição hinduista, ainda se lembrou da prisão de Asoka que tinha estabelecido no norte da capital, como o “Inferno de Asoka”. Asoka ordenou que os prisioneiros devem ser sujeitos a tudo o que um possa imaginar e com torturas inimagináveis e ninguém deve sempre deixar a prisão vivo.

Durante a expansão do Império Mauryan, Asoka levou uma guerra contra um estado feudal, chamado de Kalinga (hoje Orissa) com o objetivo de anexação de seu território, algo que seu avô já tinha tentado fazer. O conflito ocorreu perto de 261 a.C. e é considerado como uma das guerras mais brutais e mais sangrentas na história do mundo. O povo de Kalinga defendeu-se teimosamente, mantendo sua honra, mas perdeu a guerra: a força militar de Asoka foi muito além do Kalinga. O desastre de Kalinga foi supremo: com perto de 300.000 mortes, a cidade devastada e milhares de sobreviventes de homens, mulheres e crianças deportados.