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Sagot :
Resposta:
A definição de padrões de beleza acompanha a humanidade desde os seus primórdios, como na Grécia Antiga em que a valorização do corpo atlético era intensa. Na contemporaneidade, entretanto, o desenvolvimento das tecnologias de informação gerou um aumento expressivo da divulgação e da cobrança acerca dos modelos estéticos, ocasionando diversos transtornos aos indivíduos que fogem desses padrões. Fatores de ordem educacional, bem como cultural, expressam a urgência de mudanças nesse cenário.
É importante pontuar, de início, a negligência acadêmica quanto à abordagem da temática. À guisa do pensamento kantiano, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, sendo diretamente influenciado pela sua formação estudantil. As escolas brasileiras, porém, ao se ausentarem sobre o debate das diversidades de belezas e da importância da aceitação pessoal, fomentam um comportamento de padronização corporal no país. Tal fato pode ser ratificado pela apatia do meio estudantil frente aos numerosos casos de bullying nas salas de aula relacionados aos padrões de beleza.
Outrossim, tem-se a busca pelo corpo perfeito consolidada nos valores culturais brasileiros. Reconhecido mundialmente por sua beleza feminina, o Brasil é palco de constantes cobranças para o alcance dos padrões estabelecidos, como foi observado em pesquisa realizada pela marca de cosméticos Dove, que apontou o país como acima da média global na porcentagem de mulheres que se sentem pressionadas a atingir o corpo ideal. Nesse sentido, as exigências aos estereótipos de beleza estão associadas a uma identidade nacional de forte culto à padronização estética.
É notória, portanto, a influência de fatores educacionais e culturais na problemática supracitada. Nesse viés, cabe às escolas, em consonância com ONG´s da área, orientar a população acerca da relevância da aceitação pessoal. A ideia é, a partir de palestras e debates nas salas de aula, além de campanhas na internet e nas ruas, descontruir os padrões criados e promover a diversidade de belezas. Paralelamente, a mídia, enquanto formadora de novos comportamentos e opiniões, deve desenvolver projetos de propagação da heterogeneidade estética existente no país. Essa medida deve contar com propagandas educativas nos veículos de comunicação e telenovelas que abordem o tema a fim de superar os ideais de beleza e garantir a harmonia da sociedade brasileira.
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