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Análise do poema “Não te amo”, de Almeida Garrett
NÃO TE AMO

Não te amo, quero-te: o amor vem d'alma.]
E eu n'alma – tenho a calma,
A calma – do jazigo.
Ai!, não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida – nem sentida
A trago eu já comigo.
Ai!, não te amo, não!

Ai!, não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Não te amo. És bela; e eu não te amo, ó bela.
Quem ama a aziaga estrela
Que lhe luz na má hora
Da sua perdição?

E quero-te, e não te amo, que é forçado,
De mau feitiço azado
Este indigno furor.
Mas oh!, não te amo, não.

E infame sou, porque te quero; e tanto
Que de mim tenho espanto,
De ti medo e terror...
Mas amar!... não te amo, não.

Atividades

1-Quais são os dois sentimentos que, segundo o sujeito lírico, se contradizem e se excluem.

2-Qual é a natureza de cada um desses sentimentos.

3- Se o sujeito lírico considera um “indigno furor”o que sente em relação à mulher , a frase “não te amo,não” da última estrofe é uma negação ou autocensura. Explique.


Sagot :

Resposta:

1 –  São o amor e o querer, isto é, o amor e o desejo.

2 –  O amar tem uma natureza espiritual, “vem d’alma”, enquanto o querer é de natureza física.

3 – É uma autocensura. O sujeito lírico considera-se infame porque deseja fisicamente a mulher amada, contrariando a idealização de um amor espiritualizado.

Explicação: