Resposta:
Vendo pelos olhos de Maquiavel nota-se que ética e moral são coisas bem distintas. Afinal segundo ele para a moral é necessário aplicar regras de realidades históricas, sendo assim esta antecede a própria ética que é manifestada nas mais diferentes sociedades tendo como função regular as relações entre os indivíduos e a comunidade ajudando assim na ordem social; desse modo, a política, deixa de ser vista como uma verdade imutável e passa a ser notada por outro viés.
No livro a política deve se preocupar com as coisas do jeito que elas são e não como deveriam ser. Ao ler temos que levar em conta todo o contexto histórico em que fora escrito caso contrário a assimilação de seu conteúdo fica comprometida.
A época histórica a ser levada em consideração: é o renascimento italiano no apogeu do poder da Igreja Católica; havia uma política muito dividida dentro da Itália e com um governante inapto com relação à política e de como governar uma realidade tão complexa e fragmentada. Porém as ideias descritas no livro não se restringem ao território ou realidade italiana, mas também a qualquer governo existente, mostrando assim a contemporaneidade do assunto. Basta analisar com calma.
Com Maquiavel que caem por terra inúmeros conceitos sobre política que até então não haviam colocados à prova, por exemplo: os da moral religiosa cristã medieval, que a todo custo buscava esconder a manutenção do poder político de seu tempo em torno das classes dominantes; assim Maquiavel passa a ser odiado e mal interpretado por aqueles no qual estava a questionar, é assim que a sua fama cresce.
A ponto de conseguir prestigio e repulsa nas mais diversas camadas da sociedade. Em suma, a política (segundo o autor) consiste em conquistar o poder e se manter nele o máximo possível. É nesse sentido que Maquiavel adota a polêmica frase: Os fins justificam os meios. Mostrando a dependência existente em ambos, o problema a ser levantado seria: Se o fim é justo, qualquer meio para alcança-lo também é justificável?
Explicação:
