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No passado, em muitas sociedades, o trabalho feminino é registrado às quatro tividades?​

Sagot :

Resposta:

Todas as sociedades dividem suas populações em duas categorias

sociais conforme o gênero, mas além da questão biológica, essa

divisão também se dá devido a questões culturais e históricas.

Desigualdades entre homens e mulheres são vivenciadas desde

a era patriarcal, e até hoje, a mulher é alvo de discriminação e

opressão social. Considerado um grupo vulnerável à insegurança

alimentar, devido a peculiaridades biológicas, paradoxalmente,

a mulher é importante promotora de segurança alimentar. Este

estudo visa fazer um levantamento acerca das disparidades

existentes entre homens e mulheres, limitado a um contexto

histórico-cultural de desigualdades, com ênfase no papel da

mulher como promotora de Segurança Alimentar e Nutricional

(SAN). A partir da análise bibliográfica, pôde-se elencar alguns

pontos negativos que vão de encontro ao papel feminino

na sociedade, notadamente, à sua função enquanto sujeito

responsável pela garantia da SAN, pois ainda persistem violações

aos seus direitos básicos, inclusive com relação ao sexo oposto.

Para tanto, fazem-se necessárias modificações profundas na

sociedade, no sentido de promover a igualdade plena entre os

gêneros em um sentido mais amplo, a começar por uma mudança

de base educacional.

Explicação:

Todas as sociedades humanas dividem suas populações em duas categorias sociais, denominadas

“masculina” e “feminina”. Essas categorias se baseiam em várias conjecturas, advindas da cultura

em que ocorrem, e logicamente também da sua natureza biológica, tendo as duas, cultura e

natureza, uma interação complexa e indissociável.1

Ao estudar a identidade sexual, é no mínimo razoável dizer que tanto a influência biológica

como a ambiental têm grande peso na definição de gênero de qualquer individuo. É sabido

que homens e mulheres possuem formas corporais e ciclos fisiológicos diferentes; as mulheres

menstruam, engravidam, dão à luz e amamentam; os homens, não. Além disso, há as diferenças

emocionais e comportamentais entre os dois.1

Portanto, evidenciam-se necessidades específicas

atreladas às mulheres, que vão desde seus requerimentos nutricionais diferenciados, em função de

certas condições biológicas, à necessidade de maior atenção no que tange a questões mais amplas,

como saúde, educação e socioeconômica.

Além das desigualdades biológicas entre homens e mulheres, também há inúmeras desigualdades

sociais, frutos de discriminação e de violência historicamente praticadas desde a era do modelo

patriarcal, em que o homem estava no centro e controlava as mulheres. Esse modelo passou por  

Gênero feminino, contexto histórico e segurança alimentar

Demetra; 2016; 11(3); 789-802 791

modificações ao longo do tempo, mas com o advento do capitalismo, veio reforçar as relações de

dominação e perpetua-se até hoje.2 Ainda no século XIX, sob a ótica do pensamento ocidental, em

que a cultura era considerada superior e mais humana que a natureza, já se reforçava a justificativa

da superioridade dos homens, já que as mulheres eram vistas como algo a ser transformado,

tornado produtivo pelo sexo masculino.1

Mesmo depois de passado mais um século de luta das mulheres por igualdade de direitos na

sociedade, ainda permanece a manifestação específica de desigualdade entre os gêneros, inclusive

no mercado de trabalho. Tal fato possui determinantes variados, dos quais se podem destacar: as

responsabilidades domésticas, por exercerem grande influência sobre a inserção feminina, bem

como as dinâmicas de discriminação e conceitos próprios do mercado trabalhista.3 Além disso, há

crescente feminização da pobreza, visto que as mulheres representam 70% do mais de um bilhão

de pessoas classificadas como vivendo em extrema miséria no mundo.

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