PROJETO DE VIDA – 2ºEM AMOR E PROJETO DE VIDA Você já parou para pensar na quantidade de sentimentos ligados ao amor? Cada pessoa tem um jeito particular de amar; porém, em todos os casos, o amor está conectado ao desejo de conviver com o outro. Assim, amar é, entre outras coisas, aprender a conviver. As relações amorosas exigem uma série de cuidados em relação ao outro e a si próprio. As vontades, os hábitos e as preferências de um não podem se expressar de modo a tirar a voz do outro. Da mesma forma não se pode impor seus desejos, também não é saudável anular-se diante do outro, vivendo apenas o que é importante para ele. A construção de um ponto de equilíbrio em que todos se reconheçam é o ideal em um relacionamento amoroso. Mas o que você acha que pode acontecer quando se convive com a pessoa amada? Leia o trecho do romance infantojuvenil O pequeno príncipe, do escritor francês Antoine de SaintExupéry (1900-1944). O PEQUENO PRÍNCIPE [..] – O que quer dizer “cativar”? [-disse o pequeno príncipe.] - É algo quase sempre esquecido – disse a raposa. – Significa “criar laços”... - Criar laços? - Exatamente – disse a raposa. – Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu também não tens necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... - Começo a compreender – disse o pequeno príncipe. – Existe uma flor... e eu creio que ela me cativou... [...] A raposa calou-se e observou por muito tempo o príncipe: - Por favor... cativa-me! – disse ela. [...] Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse: - Ah! Eu vou chorar. - A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu não queria te fazer mal, mas tu quiseste que eu te cativasse... - Quis – disse a raposa. - Então, não terás ganho nada! - Terei, sim – disse a raposa. [...]. [...] Os homens esqueceram essa verdade – disse ainda a raposa. Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. [...] SAINT-EXUPÉRY, Antonie de. O pequeno príncipe. 48.ed.9.imp. Tradução de Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro: Agir,2003. P.68-74. Considerando o trecho do romance, responda às questões. 1-) Qual é o tema central do trecho lido? 2-) O que você entende da afirmação “Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”? 3-) Você acha que, em geral, as pessoas se responsabilizam efetivamente nos relacionamentos? Como você vê isso entre as pessoas do seu convívio? 4-) Você já magoou alguém por não saber agir com responsabilidade? Se sim, como foi para você? 5-) Alguém já o magoou pelo mesmo motivo? Se sim, como você se sentiu?