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Sagot :
Resposta:Toda pessoa tem seu sistema conceitual próprio, funciona como um filtro codificador. O nome disso é padrão pessoal de referência. Esse filtro aceita ou não as informações recebidas, isso vai depender de o quanto essa mensagem é ou não ajustada às referências do indivíduo. Há uma percepção seletiva que atua como defesa, bloqueando as não desejadas. Dessa forma, cada pessoa desenvolve seu conjunto de conceitos para interpretar as experiências cotidianas.
Para Chiavenato (2006), os padrões de referência são importantes, pois ajudam a entender o processo de comunicação. Aquilo que duas pessoas comunicam é determinado pela percepção que elas têm de si mesmas e do ambiente, ou seja, as informações trocadas são relacionadas com as percepções de cada um no ambiente em que estão envolvidas.
Dessa interação entre dois indivíduos (ou mais) surge a percepção social. Segundo Chiavenato a percepção social nem sempre é consciente ou racional, é um meio pelo qual uma pessoa forma impressões sobre a outra com intuito de compreendê-la, e então desenvolver empatia.
A percepção social possui três aspectos:
a) Percebedor: o indivíduo que está olhando;
b) Percebido: o indivíduo que está sendo olhado.
c) Situação: o conjunto total de forças sociais e não sociais dentro dos quais ocorre a percepção social.
A percepção social é influenciada por:
a) Estereótipos: que são distorções na percepção das pessoas, é um processo de impressão padronizada de um grupo de pessoas dirigida a uma pessoa em particular. Exemplo: Os técnicos em TI são apresentados em filmes, novelas e até mesmo no cotidiano como possuidores de alguns traços e convencionamos chamá-los de nerds. Daí, passamos para a suposição de que todos os profissionais dessa área possuem estes traços e são nerds.
b) Efeito de Halo: É o processo que consistem em deixar que uma característica da pessoa encubra todas as demais. Essa característica mais acentuada pode ser positiva ou negativa e assim influenciar positiva ou negativamente. As propagandas utilizam muito este recurso, tomando por base a seguinte premissa: se gostamos de um indivíduo (um jogador de futebol), gostamos também dos produtos que ele endossa (desodorantes, roupas, etc.).
O que nos faz pensar que uma pessoa que joga bem futebol entende de desodorante? Simples, a crença de que se ele joga tão bem é também bem informado sobre outras coisas. O problema desse efeito é que se caracteriza por generalizações. Se um avaliador não gosta de pessoas de cabelo comprido e tatuagens, poderá considerar de forma incorreta o avaliado, porque levará em consideração essas características e não as que devem ser avaliadas. Lembra do conceito inicial? Reforça uma característica e ofusca as demais, de forma positiva ou negativa.
c) Expectativa: este é um tipo perigoso de influência na percepção, porque muitas vezes vemos aquilo que queremos e não o que de fato está acontecendo. Quantas vezes você ouviu alguém dizer: quando eu casei descobri que ele não era o que eu pensava. Será que a pessoa mudou ou os filtros da visão caíram? Possivelmente a segunda opção seja a mais provável. Da expectativa temos três aspectos: a profecia autorrealizadora, quando supomos que uma pessoa agirá de uma forma e ela acaba correspondendo às nossas expectativas. Se supusermos que uma pessoa é preguiçosa, passamos a controlá-la de forma incisiva e a pessoa acabará se comportando como se fosse um preguiçoso por causa do nosso comportamento.
O segundo aspecto é a percepção seletiva. Esse fator apresenta duas conformações: a primeira é a atenção seletiva – vemos e ouvimos o que nos interessa e ignoramos o resto – e a outra é a retenção seletiva – lembramos de algumas mensagens e esquecemos outras. Se usarmos a percepção seletiva e presumirmos que uma pessoa se comporte de uma determinada forma, prestaremos atenção apenas a estes comportamentos e ignoramos os demais.
A armadilha disso: passamos a usar esse mecanismo em situações que não são claras ou ambíguas, podendo discorrer em um juízo de valor injusto. Por último temos a projeção: a todo o momento nos deparamos com isso. Sempre a culpa é do outro. Projetamos as próprias dificuldades nos outros. Quantas vezes a gente ouve: eu saí da empresa A porque eles me perseguiam, da empresa B porque eles eram encrenqueiros e por aí vai. Pessoas projetivas não conseguem enxergar que se “Bob arruma problemas em todos os lugares, então Bob é o problema”. Esta é uma frase de abertura de um capítulo do Livro “Vencendo com as Pessoas”, de J. C. Maxwell.
Explicação:
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