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EXTO: A MOSCA E A FORMIGUINHA

- Sou fidalga! - dizia a mosca à formiguinha que

passava carregando uma folha de roseira. - Não trabalho,

pouso em todas as mesas, lambisco de todos os

manjares, passeio sobre o colo das donzelas - e até me

sento no nariz. Que vidão regalado o meu…

A formiguinha arriou a carga, enxugou a testa e

disse:

- Apesar de tudo, não invejo a sorte das moscas.

São mal vistas. Ninguém as estima. Toda gente as

enxota com asco. E o pior é que têm um berço

degradante: nascem nas esterqueiras.

- Ora, ora! - exclamou a mosca. - Viva eu quente e

ria-se a gente.

- E além de imundas são cínicas - continuou a

formiga. - Não passam de umas parasitas - e parasita é

sinônimo de ladrão. Já a mim todos me respeitam. Sou

rica pelo meu trabalho, tenho casa própria e nada me

falta durante o rigor do mau tempo. E você? Você, basta

que fechem a porta da cozinha e já está sem o que

comer. Não troco a minha honesta vida de operária pela

vida dourada dos filantes.
-Quem desdenha quer comprar - murmurou

ironicamente a mosca.

Dias depois a formiga encontrou a mosca a debater-

se numa vidraça.

- Então, fidalga, o que é isso? - perguntou-lhe.

A prisioneira respondeu aflita:

- Os donos da casa partiram de viagem e me

deixaram trancada aqui. Estou morrendo de fome e já

exausta de tanto me debater.

A formiga repetiu as empáfias da mosca, imitando-

lhe a voz: “Sou fidalga! Pouso em todas as mesas…

Passeio pelo colo das donzelas…” e lá seguiu seu

caminho, apressadinha como sempre.

Quem quer colher, planta. E quem do alheio vive,

um dia se engasga.

(Monteiro Lobato. Fábulas e histórias diversas. São Paulo:

Brasiliense, 1960.)

No último parágrafo, há um trecho em que a

formiguinha repete o que a mosca disse, imitando-lhe a

voz. Que sinal de pontuação marca o início e o fim desse

trecho?



5. Qual é a moral da fábula?


6. Em um momento do texto, a mosca cita um ditado

popular. Qual é esse ditado?​