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1. As definições a seguir são equivalentes? Justifique.

“Sejam a ∊ Z e b ∊ Z. Dizemos que a é divisível por b se existir um inteiro c tal que b.c = a. Também dizemos que b divide a, b é fator de a e b é divisor de a. A notação é b|a”

“Sejam a ∊ Z e b ∊ Z. Dizemos que a é divisível por b se existir um inteiro tal que a ÷ b”​

Sagot :

Resposta:

A teoria dos números é o ramo da Matemática que estuda os mis-

térios dos números e teve sua origem na antiga Grécia. Os belíssimos

problemas ligados a esta área constituem, até hoje, uma das princi-

pais fontes inspiradoras dos amantes da Matemática. Além disso, essa

área possui várias aplicações úteis a humanidade, como por exemplo,

o processo de criptograa usado em transações pela Internet.

Alguns problemas em teoria dos números demoram séculos para

serem resolvidos, como por exemplo o último teorema de Fermat, que

arma que não existe nenhum conjunto de inteiros positivos x, y, z e n

com n maior que 2 que satisfaça x

n + y

n = z

n

. Esse problema foi ob-

jeto de fervorosas pesquisas durante mais de 300 anos e foi nalmente

demonstrado em 1995 pelo matemático Andrew Wiles.

Ainda hoje persistem muitas questões naturais e simples sem res-

posta. Por exemplo, ninguém sabe mostrar (apesar de todo mundoacreditar que é verdade!) que todo natural par é soma de dois pri-

mos. Essa é a famosa conjectura de Goldbach. Essa simplicidade de se

anunciar problemas e a extrema diculdade em resolvê-los faz desta

área um grande atrativo para os matemáticos do mundo todo.

Este capítulo será dedicado ao estudo de algumas propriedades

básicas relativas aos números inteiros.

3.1 Conceitos Fundamentais e Divisão Eu-

clidiana

Denotamos por Z o conjunto dos números inteiros formado pelo con-

junto dos números naturais N = {1, 2, 3, . . .} munido do zero e dos

números negativos. Ou seja, Z = {. . . , −3, −2, −1, 0, 1, 2, 3, . . .}.

Começamos observando que a soma, diferença e produto de núme-

ros inteiros também serão números inteiros. Entretanto, o quociente

de dois inteiros pode ser um inteiro ou não.

Uma das propriedades fundamentais dos números naturais que uti-

lizaremos ao longo do texto é o conhecido princípio da boa ordenação,

que arma o seguinte:

Princípio da Boa Ordenação: todo subconjunto não vazio A ⊆ N

possui um elemento menor que todos os outros elementos deste, ou

seja, existe a ∈ A tal que a ≤ n para todo n ∈ A.

Por exemplo, se A é o conjunto dos números pares, o menor ele-

mento de A é o número 2. Por outro lado, observamos que o conjunto

dos números inteiros não goza da boa ordenação.

Apesar do princípio da boa ordenação parecer inocente e natural,

muitos resultados importantes a respeito dos números naturais decorrem do mesmo, como veremos ao longo de todo este capítulo.

Denição 3.1. Sejam a e b inteiros. Dizemos que a divide b se existe

um inteiro q tal que b = aq. Também usaremos as frases a é divisor

de b ou b é múltiplo de a para signicar esta situação.

Usaremos a notação a | b para representar todas as frases equi-

valentes ditas anteriormente. Se a não for divisor de b, então escre-

veremos a - b.

Exemplo 3.2. 7 | 21 pois 21 = 7 · 3. Por outro lado 3 - 8 pois

considerando o conjunto M = {3m, m ∈ N} = {3, 6, 9, 12, . . .} dos

múltiplos positivos de 3 vemos que 8 não pertence ao mesmo.

A seguinte proposição é um bom exercício para entender os con-

ceitos enunciados acima.

Proposição 3.3. Sejam a, b e c números inteiros. Então,

(a) se a | b e b | c então a | c;

(b) se a | b e a | c então a | (b + c) e a | (b − c);

(c) se a e b são positivos e a | b então 0 < a ≤ b;

(d) se a | b e b | a então a = b ou a = −b.

Demonstração. Se a | b e b | c então existem inteiros q1 e q2 tais que

b = aq1 (3.1)

e

c = bq2. (3.2)

Resposta:

Naum sei Naum desculpa se soubesse falava