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você acha que as ofertas de lazer, são igualmente distribuídas em todas as zonas e áreas da nossa cidade? Explique.​

Sagot :

Resposta:

O avanço da cultura democrática traz consigo um processo de

aprofundamento da consciência dos direitos e deveres do cidadão,

associados a um novo perfil de Estado.

Na última década, os governos locais vêm adquirindo uma nova

dimensão política, pois é no município que a população vive e é nele

que toda e qualquer forma de política, de ações governamentais,

interfere diretamente.

As novas formas de dominação e exclusão surgidas também

produziram nesse período, de forma espontânea ou não, novas

formas de autonomia e de “inclusão alternativa” ao lado ou contra

o Estado, uma esfera pública, não-estatal, auto-organizada, ou

paralela ao Estado, que acaba por interferir na vida pública ou

sustentar seus interesses diretos.

Essa nova esfera pública não-estatal, que incide sobre o Estado,

é constituída pelas organizações locais, regionais e nacionais que

promovem sua auto-organização por interesses particulares (desde

a atenção para doenças até entidades de demandas tipicamente

comunitárias) e podem ser mediadoras da ação política direta dos

cidadãos por seus interesses, sob seu controle, sem amarrar-se ao

direito estável que regula a representação política.

Os governos locais, governos das cidades, podem e devem ser

palco da experimentação política à medida que combinarem o processo

da democracia representativa (prefeito, vereadores, secretários) com

formas democráticas diretas de caráter voluntário.

Isto poderá gerar uma nova relação Estado-sociedade,

articulando a representação política com a mobilização já existente

na sociedade, que acontece independentemente da decisão

estatal.

9 Secretária nacional de Desenvolvimento de Esporte e de Lazer – Ministério do Esporte.

Trata-se de compartilhar uma nova concepção de Estado, a

partir da nova relação Estado-sociedade, abrir o Estado a estas

organizações sociais e à participação do cidadão isolado, particularmente àquelas organizações que são auto-organizadas pelos

excluídos, admitindo a tensão política como método decisório e

dissolvendo o autoritarismo do Estado tradicional, sob pressão da

sociedade organizada.

Esse movimento conscientemente orientado por decisão política

transformadora indica uma co-gestão política, estável e não-estável,

por meio da qual a legitimidade da representação é permanentemente

regenerada pela democratização radical das decisões.

Estas decisões são devolvidas à comunidade em forma de

políticas, ações governamentais, que conferem identidade aos

participantes do processo e se ampliam na sociedade, alterando o

cotidiano da cidade e interferindo na compreensão política da sua

cidadania.

O esporte e o lazer vêm ganhando importância enquanto políticas públicas há bem pouco tempo. Tanto é verdade, que a partir

dos anos 90 é que pesquisas e livros abordando esta temática aparecem com mais consistência e diversidade, trazendo consigo um

número cada vez mais crescente de experiências setoriais públicas

nos âmbitos municipal, estadual e federal.

Até recentemente, acreditava-se também que gostar de esporte era suficiente para assumir cargos diretivos e desenvolver

políticas públicas para a área. Aos poucos, isto foi mudando e passou-se a entender o esporte e o lazer como setores importantes

para o desenvolvimento social e a necessidade de investir neste

conhecimento. O atual governo ao criar o Ministério do Esporte, dá

um passo significativo nesta direção.

Falar em políticas de esporte, lazer, cultura e educação é, sem

sombra de dúvida, falar em desenvolvimento humano. Quando alcançarmos os objetivos mais gerais destas áreas como a garantia do

acesso, a qualidade da universalidade, certamente teremos contribuído

significativamente para o desenvolvimento do cidadão brasileiro.

A relevância dos avanços na gestão democrática com participação e controle social registrados nas I e II Conferências Nacional

de Esporte (2004 e 2006, respectivamente) e que resultaram nas

diretrizes para a consolidação da Política Nacional de Esporte e

Lazer, bem como a reestruturação do Conselho Nacional do Esporte, a aprovação do Estatuto do Torcedor, a regulamentação da Lei

Agnelo/Piva, a criação da Bolsa Atleta, os Projetos de Lei como a

Timemania e a Lei de Incentivo ao Esporte demonstram a vitalidade