Atividade 1
Na Grécia antiga, homens que podiam dedicar seu tempo ao conhecimento e ao pensamento, acabaram por permitir que surgisse a filosofia e com ela uma nova maneira de ver o mundo, até então entendido somente pela religião ou mitos fantásticos. No séc. VII a.C., há aproximadamente 2600 anos atrás, os humanos se propunham pela primeira vez a entender o mundo através da razão. Esses primeiros pensadores ficaram conhecidos como pré-socráticos. ‘’O redirecionamento das formas de inteligibilidade do mundo promovido pelos filósofos pré-socráticos torna-se possível devido a fatores como a diversidade de povos que integravam a região da Grécia Antiga. o desenvolvimento do comércio e da navegação; e as relações de contato estabelecidas com outros povos, em especial, os egípcios e os babilônicos.’’ (SENA, Aílton, 2020) Já no século XVII, um filósofo francês conhecido como René Descartes, inaugura a filosofia moderna, por estabelecer o método científico como forma de conhecimento. O conhecimento poderia vir através de leis reveladas no estudo da própria natureza. Em uma Europa que estava saindo da idade média, Deus, depois de Descartes, não era mais a única fonte de conhecimento. ‘’…eu acreditava já ter dedicado bastante tempo às línguas, e mesmo também à leitura dos livros antigos, às suas histórias e às suas fábulas. Pois quase o mesmo que conversar com os de outros séculos, é o viajar. É bom saber algo dos costumes de diversos povos, a fim de que julguemos os nossos mais sãmente e não pensemos que tudo quanto é contra os nossos modos é ridículo e contrário à razão, como soem proceder os que nada viram.’’ (DESCARTES, René. Discurso do método, 1637). Assim como os pré-socráticos, Descartes saiu para conhecer outras culturas. Assim, pode duvidar de conhecimentos tradicionais da sua cultura e propor uma nova maneira de se relacionar com o mundo. QUESTÃO: na sua opinião, qual a importância de se entrar em contato com culturas e diferenças que não estão no nosso cotidiano. Você acha possível conhecer o mundo de uma forma definitiva? E quando pessoas ou situações apresentam padrões diferentes dos nossos, qual a melhor atitude, julgar ou tentar entendê-las? O que o comportamento dos filósofos citados nos textos acima nos indica?