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Maquiavel, Hobbes e Rousseau viveram na Europa no tempo da demar- cação e formação dos Estados Nacionais, da soberania e do desenvolvi mento de novas formas de participação politica. O tempo passou e a política está bem perto de nós.

Preencha o quadro com seu olhar sobre a politica e os temas subjacentes à
constituição da vida política.


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Sagot :

Rousseau e Hobbes podem ser considerados antagônicos quando se trata do contratualismo social:

para Hobbes, o estado natural do homem era de guerra de todos contra todos. Por isso, os homens cedem seus direitos e sua liberdade ao governo para que este possa garantir a segurança individual de cada um. Forma-se, então, o Leviatã.

Já Rousseau afirmava que o homem nasce livre, mas encontra-se acorrentado aonde quer que olhe. O homem, bom por natureza, é assim acorrentado pelo Estado e pela sociedade política, representantes da desigualdade entre os homens.

Rousseau e Hobbes, assim como Locke, são os principais representantes da filosofia política moderna: são os três pilares do que se chama de contratualismo social.

Nicolau Maquiavel (1469-1527) inaugura uma nova era do pensamento político. Com ele, a política tende a se afastar do pensamento especulativo ético e religioso para ganhar uma certa autonomia.

Por isso os manuais de filosofia classificam seu pensamento como "realismo político", o que significa desvincular a política da ética, da teoria e do sagrado e tratá-la como objeto próprio.

Um exemplo clássico deste realismo político está no capítulo XV de sua principal obra, O Príncipe (escrito em 1513 e publicado em 1531, após a morte do autor). Neste capítulo, Maquiavel diz buscar a verdade efetiva das coisas, sem se perder na busca de como as coisas deveriam ser. Diz ele:

  • quem, num mundo cheio de perversos, pretende seguir em tudo os ditames da bondade, caminha inevitavelmente para a própria perdição.

Implica-se, assim, que quando há necessidade para remédios extremos contra males extremos, o político deve sim adotar tais remédios. Tal tipo de observação vincula-se a uma visão pessimista do homem.