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Dois velhinhos

Dois pobres inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo.

Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um podia olhar lá fora.

Junto à porta, no fundo da cama, o outro espiava a parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz.

Com inveja, perguntava o que acontecia. Deslumbrado, anunciava o primeiro:

– Um cachorro ergue a perninha no poste.

Mais tarde:

– Uma menina de vestido branco pulando corda.

Ou ainda:

– Agora é um enterro de luxo.

Sem nada ver, o amigo remordia-se no seu canto. O mais velho acabou morrendo, para alegria do segundo,

instalado afinal debaixo da janela.

Não dormiu, antegozando a manhã. Bem desconfiava que o outro não revelava tudo.

Cochilou um instante – era dia. Sentou-se na cama, com dores espichou o pescoço: entre os muros em ruína,

ali no beco, um monte de lixo.

O conto se caracteriza por apresentar um enredo curto, embora muitas vezes mantenha, na íntegra, a

estrutura da narrativa: apresentação, complicação, clímax e desfecho. Nesse conto, o clímax ocorre

quando o personagem:

A) mais velho perguntou o que acontecia do lado de fora.

B) mais novo contou que um cachorro erguia a perna no poste.

C) mais novo relatou que estava passando um enterro de luxo.

D) mais velho veio a falecer, para a alegria do companheiro.​​

Sagot :

a reposta é a letra d, quando o mais velho veio a falecer

Maria clara

linda e vaca

e galinha