O Sistersinspirit.ca ajuda você a encontrar respostas para suas perguntas com a ajuda de uma comunidade de especialistas. Junte-se à nossa plataforma de perguntas e respostas e obtenha informações precisas de especialistas em diversas áreas. Junte-se à nossa plataforma para obter respostas confiáveis para suas dúvidas de uma ampla comunidade de especialistas.

◈ A estranha passageira Stanislaw Ponte Preta –
◈ O senhor sabe? É a primeira vez que eu viajo de avião. Estou com zero
hora de voo – e riu nervosinha, coitada. Depois pediu que eu me sentasse
ao seu lado, pois me achava muito calmo e isto iria fazer-lhe bem. Lá se
ia a oportunidade de ler o romance policial que eu comprara no aeroporto,
para me distrair na viagem. Suspirei e fiz o “bacana” respondendo que
estava às suas ordens. Madama entrou no avião sobraçando um monte de
embrulhos, que segurava desajeitadamente.
◈ Gorda como era, custou a se encaixar na poltrona e a arrumar
todos aqueles pacotes. Depois não sabia como amarrar o cinto e eu tive
que realizar essa operação em sua farta cintura. Afinal estava ali pronta
para viajar.
Os outros passageiros estavam já se divertindo às minhas custas, a
zombar do meu embaraço ante as perguntas que aquela senhora me
fazia aos berros, como se estivesse em sua casa, entre pessoas
íntimas. A coisa foi ficando ridícula.
– Para que esse saquinho aqui? – foi a pergunta que fez, num tom de
voz que parecia que ela estava no Rio e eu em São Paulo.
– É para a senhora usar em caso de necessidade – respondi baixinho.
Tenho certeza de que ninguém ouviu minha resposta, mas todos
adivinharam qual foi, porque ela arregalou os olhos e exclamou:
– Uai... as necessidades neste saquinho? No avião não tem banheiro?
Alguns passageiros riram, outros – por fineza – fingiram ignorar
o lamentável equívoco da incômoda passageira de primeira viagem. Mas
ela era um azougue (embora com tantas carnes parecesse um açougue)
e não parava de badalar.
Olhava para trás, olhava para cima, mexia na poltrona e quase levou um
tombo, quando puxou a alavanca e empurrou o encosto com força, caindo
para trás e esparramando embrulhos para todos os lados. O comandante já
esquentara os motores e a aeronave estava parada, esperando ordens para
ganhar a pista de decolagem. Percebi que minha vizinha de banco apertava
os olhos e lia qualquer coisa. Logo veio a pergunta:
– Quem é essa tal de emergência que tem uma porta só para ela?
Expliquei que emergência não era ninguém, a porta é que era
de emergência, isto é, em caso de necessidade, saía-se por ela.
Madama sossegou e os outros passageiros já estavam conformados com o
término do “show”. Mesmo os que mais se divertiam com ele resolveram
abrir os jornais, revistas ou se acomodarem para tirar uma pestana durante
a viagem.
"Foi quando madama deu o último vexame. Olhou pela janela (ela pedira para ficar do lado da janela para ver a paisagem) e gritou: – Puxa vida!!! Todos olharam para ela, inclusive eu. Madama apontou para a janela e disse: – Olha lá embaixo. Eu olhei. E ela acrescentou: – Como nós estamos voando alto, moço. Olha só... o pessoal lá embaixo até parece formiga. Suspirei e lasquei: Minha senhora, aquilo são formigas mesmo. O avião ainda não levantou voo. ATIVIDADE: • 1) Após a leitura, responda se o conto está em discurso direto ou indireto ? E o por quê ?


Sagot :

Resposta:

o discurso está indireto

Obrigado por sua visita. Estamos comprometidos em fornecer as melhores informações disponíveis. Volte a qualquer momento para mais. Esperamos que isso tenha sido útil. Por favor, volte sempre que precisar de mais informações ou respostas às suas perguntas. Sistersinspirit.ca está aqui para fornecer respostas precisas às suas perguntas. Volte em breve para mais informações.