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Sagot :
1) Discursos ficcionais que visam valorizar a história esquecida dos negros é o sentido de fabulação do negro. Logo, a alternativa B está correta.
2) Os discursos filosóficos ocidentais são marcados pela presença do negro como a ausência da compreensão efetiva de seu significado. Logo a alternativa C é a correta.
3) Ter sido provada e compartilhada por brancos e negros, independente de cor, raça e credo. Logo, a alternativa C é a correta.
A insistência com a temática racial em uma matéria universal como a filosofia obedece os ditames politicamente corretos da nossa época: quer-se politizar não só o estudo do pensamento clássico como também as ciências exatas e cada outro aspecto da vida estudantil.
A predominância do pensamento europeu, por exemplo, é a predominância do pensamento do homem ocidental, que inclui negros, pardos, amarelos, brancos, heterossexuais, homossexuais, mulheres, crianças e velhos. É o legado que Sócrates, Platão, Aristóteles, Epicteto, Marco Aurélio, Santo Agostinho, São Tomás, Descartes, Hume, Kant, Hegel, Nietzsche, Husserl e tantos outros deixaram para nós, independente da nossa cor, raça, credo ou sexo.
Mais do que negro ou branco, tais autores tiveram como tarefa expandir nosso horizonte de consciência - tarefa esta essencial da literatura e da filosofia.
Há uma força que busca politizar e ideologizar até mesmo a filosofia antiga - ou seja, a sabedoria universal criada para além dos problemas locais de cor, sexo, preconceito, religião etc. Em outras palavras, o intuito é politizar até mesmo a vida comum, o trabalho e a família das pessoas.
Por quê?
Porque se cada ato humano é ideologizado e abarcado pelo conceito de "luta", a luta se autojustifica no seu reducionismo raso: deixa-se de se enxergar que a vida é muito mais complexa do que a dicotomia opressor-oprimido que enxerga em tudo algum resquício de racismo estrutural.
Um dos exemplos mais escancarados se dá com a própria filosofia:
O papel do ensino da filosofia não é combater nem reforçar a predominância de qualquer tipo de pensamento, mas sim de colocar o leitor ou ouvinte da filosofia em contato com a realidade. É a contemplação da complexidade, não a ação simplória e militante.
Neste sentido, a realidade nos exige a pergunta séria: o que é pensamento branco e o que é pensamento negro? O pensamento pode ser classificado pela cor de pele de quem o pensa?
Machado de Assis, negro, é representante do pensamento negro? Lima Barreto? Cruz e Sousa? E Joaquim Nabuco, branco, estudado na Europa e abolicionista, era representante do pensamento tido como "branco"?
Nelson Mandela, ex-terrorista e, posteriormente, ativista político, pode ser considerado um pensador, tal como é Sócrates, Platão ou, até mesmo, os filósofos do próprio século XX, contmeporâneos de Mandela, como Roger Scruton?
A dicotomia criada apenas serve para reforçar uma narrativa de racismo estrutural - o que implica, na realidade, em colocar boa dose de racismo na premissa da pergunta.
Reduzir a filosofia à dicotomias deste tipo é reduzir o tamanho gigantesco e milenar da filosofia à um problema circunstancial que deve ser, sim combatido, mas sem o sacrifício da filosofia aos ditames politicamente corretos que os tempos contemporâneos tentam exigir.
Para saber mais: brainly.com.br/tarefa/19238049
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