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nome da patogenia do fungo negro?? me ajudem pls​

Sagot :

Resposta:

Mucormicose disseminada:

Geralmente ocorre em pessoas que já estão doentes devido a outras condições médicas, então pode ser difícil saber quais sintomas estão relacionados à mucormicose. Pacientes com infecção disseminada no cérebro podem desenvolver alterações do estado mental ou coma.

Explicação:

Resposta:

Fungo Negro ou Mucormicose

Explicação:

Mucormicose (zigomicose) é infecção oportunística grave  causada por fungos da ordem Mucorales, que compreende  nove gêneros, sendo principais: Rhizopus spp., Mucor spp.,  Rhizomucor spp. e Absidia spp. Os Mucorales são fungos  ubíquos que causam doença, principalmente, em pacientes  com déficit na capacidade de resposta imune.

A mucormicose é mais comum em pacientes em cetoacidose diabética ou

com diabete mal controlada, em quimioterapia por doença  linfoproliferativa ou outra neoplasia, sob corticoterapia, nos  pós-transplantados de órgãos sólidos, grandes queimados, pacientes com hemocromatose e mesmo em pacientes sem fator  predisponente aparente.

O número de casos é crescente,  favorecido pela maior prevalência de algumas das condições  acima, pelo maior tempo de sobrevida daqueles em terapêutica imunossupressora e pela maior longevidade da população

em geral.

O raciocínio fisiopatogênico proposto, ao menos para justificar a incidência maior da mucormicose em paciente em cetoacidose diabética e naqueles sob uso de quelantes de ferro,  é a disponibilidade plasmática aumentada do íon Fe+  nesses  pacientes.

O ferro é necessário para a proliferação e expressão  de virulência de microorganismos patógenos, particularmente para fungos Mucorales.

Como exemplo, paciente tratados  com quelantes de ferro apresentam incidência aumentada de  mucormicose. E, nos pacientes em cetoacidose, o pH ácido  promove a dissociação do Fe+  de sua proteína transportadora

(transferritina), aumentando a fração livre a ser incorporada à célula fúngica.

Deficiência funcional de macrófagos e neutrófilos em pacientes diabéticos e naqueles sob corticoterapia e,  por neutropenia quando em quimioterapia são fatores predisponentes adicionais.

Patogênese.

Após lesão inicial nos seios da face, o fungo se propaga à órbita e ao cérebro, dando a chamada mucormicose rinocerebral.  Os fungos têm notável propensão a invadir paredes vasculares levando a trombose, causar necrose local, onde prosperam, e penetram facilmente nos ossos finos que delimitam os seios nasais, órbita e base do crânio, como a lâmina crivosa do etmóide.  As conseqüências são abscessos e meningoencefalite, não raro acompanhada de infartos cerebrais secundários à trombose.  

Nos pulmões, as lesões podem ser primárias ou secundárias às lesões na face. Pacientes com neoplasias hematológicas são mais afetados. As lesões combinam pneumonia hemorrágica com trombose e infartos distais.  

A mucormicose pode assumir as formas craniana, pulmonar, gastrointestinal, disseminada, cutânea, e focal.  

Na forma craniana, o fungo entra pelo nariz e se dissemina rapidamente, produzindo trombose vascular e infartos da mucosa nasal, palato duro, órbita, tecidos da face cérebro e meninges.  

Na forma pulmonar, o fungo prolifera nos brônquios principais e a partir daí penetra nos tecidos hilares e artérias pulmonares, produzindo infartos pulmonares.  

Na forma gastrointestinal, o fungo penetra a partir da luz e causa infarto (gangrena) de segmentos intestinais.  

A mucormicose cutânea primária aparece como uma úlcera na perna de um paciente diabético.  

A doença espalha-se a partir de uma das portas de entrada acima e pode causar lesões focais localizadas (p. ex. no rim) ou múltiplas.