Resposta:
Este texto é fruto de uma primeira experiência em pesquisa, no contexto do Estágio Obrigatório em Pesquisa, no Curso de Psicologia da Fapsi – PUC Minas, Unidade de Betim, no ano de 2018. O objetivo da investigação foi compreender e analisar a percepção de imigrantes haitianos vindos para Betim-MG, acerca de suas experiências de imigração neste território, os impactos subjetivos e estratégias de sobrevivência. Investigou-se, inicialmente, de maneira exploratória a Ong Associação de Promoção Social e Serviços Especiais de Minas Gerais (APSSEMG), em Betim; o Centro Zanmi, do Serviço Jesuíta a Migrantes e Refugiados, em Belo Horizonte e uma Unidade Básica de Saúde no Bairro Marimba, em Betim. Foram realizadas entrevistas abertas junto a três famílias de haitianos, acompanhadas semanalmente, configurando-se um processo de pesquisa-intervenção. As visitas iniciais exploratórias mostraram que inexiste o exercício de uma política pública para imigrantes na cidade de Betim, obrigando os imigrantes a se deslocarem para Contagem, quando buscam algo mais específico tanto em termos de saúde, educação quanto em acontecimentos culturais. Diferentemente, o município de Contagem apresenta o exercício de uma política publica um pouco mais organizado. Os encontros com as três famílias de imigrantes revelaram sobre a importância da materialidade da vida na constituição da subjetividade e também na reprodução das relações de poder e de gênero, embora esta última dedução associativa não fora nosso objetivo inicial. Os relatos evidenciam histórias de pessoas que lutam em busca de um território e por uma territorialidade para existirem, preservando seus valores, tradições, sua língua, mas também abrindo para novas construções objetivas e subjetivas. Em decorrência dessa experiencia, as autoras concorreram ao Edital 078/2018 Probic Fapemig, da PUC Minas, onde terão a oportunidade de aprofundarem os caminhos apresentados por esta pesquisa-intervenção.
Explicação:
espero ter ajudado
