Para compreender o enunciado é preciso, primeiramente, entender o sentido da palavra “nordestinado” empregado ao longo do poema.
Ao ler o poema percebe-se que o poeta utiliza o neologismo “nordestinado” para se referir ao preconceito enraizado na sociedade em relação ao povo nordestino, de serem indivíduos famintos, esfarrapados e que não fazem nada para mudar a própria situação, pois se conformam e aceitam como seu destino.
Assim, ao dizer “Nordestino sim, Nordestinado não”, o poeta está dizendo que se reconhece como nordestino, alguém pertencente ao povo do nordeste e, como eles, também sofre com as consequências da desigualdade social e da pobreza, mas jamais será um nordestinado, pois nunca irá aceitar tal situação como se estivesse fadado a sofrer.
Quem foi Patativa do Assaré
Patativa do Assaré foi um poeta, compositor e escritor brasileiro de origem nordestina que cantava o orgulho que sentia de seu povo e seu sofrimento.
Denúncias contra o governo e o descaso com os problemas acarretados pela seca, fome e pobreza, também era uma constante em seus poemas.
Principais obras do poeta:
Inspiração Nordestina: Cantos do Patativa (1956);
Cante Lá que Eu Canto Cá (1978);
Cordéis (caixa com 13 folhetos) (1993).
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