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Explique a principal diferença teórica entre Hobbes, Locke e Rousseau.​

Sagot :

Resposta:

Inicialmente falando, para o teórico, o homem nascia bom, porém, a sociedade o corromperia, mais a frente ainda analisando esse pensamento, Rousseau discutia sobre como a liberdade seria preservada como natural do homem e ainda sim estar garantido seu bem estar em sociedade, seria possível, a partir do método que o autor pensou, intitulado de Contrato Social.  

No Contrato Social seria necessário distinguir a questão da igualdade para todos e do comprometimento entre todos, ou seja, a vontade de viver do ser humano em uma sociedade de bem comum deveria ser coletiva.

Locke foi considerado o pai do liberalismo, e, via a propriedade privada como parte do homem, onde o trabalho desenvolvia a capacidade de transformar a natureza.

Locke tinha suas teorias pautadas nos ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Para o autor, a construção do conhecimento parte da observação dos fatos, assim como da construção do conhecimento no campo de pesquisa que deve ser colocado em prática com foco no embasamento teórico e prático.

Explicação:

Resposta:

Achei a explicação da Duda boa, mas vou fazer um resumo para ficar mais organizado e acho que mais fácil de entender. Os três autores são separados cronologocamente por quase um século um do outro. (O que faz você supor que Locke leu Hobbes e que Rousseau leu os outros dois). Eles são muito comparados pois os três usaram a mesma metodologia para entender quando o Estado seria legítimo, mas chegaram a conclusões radicalmente diferentes. A metodologia era: imaginar uma sociedade completamente sem leis e regras (chamada pelos três de estado de natureza). Como ela seria? Imaginar, em seguida, que as pessoas decidem voluntariamente criar um contrato, reconhecedo um sobreano, com poder sobre todos. Quais os poderes esse sobreano poderia ter? Ou ainda: quando o Estado é legítimo (reconhecido por todos como legal)?

Como o contrato é assinado voluntariamente, o indivíduo nunca perde direitos. Ele deve ter, pelo menos, os mesmos direitos que tinha no estado de natureza. Daí percebemos que, "o que o Estado pode fazer?" será respondido por cada um de acordo com o que ele acredita que seria o estado de natureza. Observe:

Explicação:

Hobbes -> O homem é naturalmente mau. No estado de natureza haveria medo constante e barbárie. Ele diz que "o homem é o lobo do homem". Ou seja, quando não hovesse guerra e assassinato real, haveria sempre o medo de guerra, roubo e assassinato.

Logo, ao assinar o contrato (imaginário) as pessoas estariam abrindo mão de um mundo de horrores. Para Hobbes o poder do soberando deveria ser absoluto, inquestionável e irrevogável. Uma vez assinado o contrato, ninguém podria deixar de obedecer qualquer coisa que o soberano mandasse. Se ele mandar você matar seu vizinho, você deve fazer. A única exceção é se ele mandar você se suicidar. Porque, no estado de natureza, você tinha o direito de defender sua vida, apenas.

Locke -> O homem é como uma folha em branco (tábula rasa) e pode ser bom ou mau, dependendo de como a sociedade o ensina. Locke imagina um estado de natureza onde todos correriam perigos, mas todos teriam direito à liberdade, à propriedade e à vida. Portanto, uma vez assinado o contrato, o soberano teria que fazer leis sempre respeitando a liberdade, a propriedade e a vida dos indivíduos. Caso o soberano as desrespeitasse, seria direito dos indivíduos rescindir o contrato (deixar de reconhecer o poder do soberano).

Rousseau -> O homem é bom por natureza. Portanto, para ele, no estado de natureza, haveria harmonia e as pessoas tomariam as decisões coletivamente. Logo, para Rousseau, o Estado teria muito mais obrigações do que para os outros dois. O Estado deveria respeitar a Vontade Geral da população e, sempre que não respeitasse, seria direito dos indivíduos desertar.

Rousseau inspirou fortemente a revolução francesa que levou à decapitação de Luis XVI e, basicamente, ao fim gradual do absolutismo europeu.

Locke inspirou a constituição dos Estados Unidos.

Hobbes, que defendia o absolutismo, com poderes irrestritos dos reis caiu em desuso na prática política, mas ainda é muito importante do ponto de vista teórico.