Os meus versos
Rasga esses versos que eu te fiz, Amor! Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento, Que a cinza os cubra, que os arraste o vento, Que a tempestade os leve aonde for!
Rasga-os na mente, se os souberes de cor. Que volte ao nada o nada de um momento! Julguei-me grande pelo sentimento, E pelo orgulho ainda sou maior!...
Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei! Asas que passam, todo o mundo as sente...
Rasga os meus versos... Pobre endoidecida! Como se um grande amor cá nesta vida Não fosse o mesmo amor de toda a gente!....
ESPANCA, Florbela. In: FARACO, Sergio (Sel. e ed.). A mensageira das violetas: antologia. Porto Alegre.
Agora que você já leu o poema de umas das grandes representantes do Modernismo português, vamos responder às questões que se seguem.
1- Poema é um texto literário escrito em versos, que são distribuídos em estrofes.
a) Qual é a temática do poema lido?
b) Na primeira estrofe do poema, com quem o eu lirico dialoga e por que faz uma súplica negativa tão energética?