CANÇÃO DO EXÍLIO Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá; As aves, que aqui gorjeiam, Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas, Nossas várzeas têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida mais amores. Em cismar, sozinho, à noite, Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Minha terra tem primores, Que tais não encontro eu cá; Em cismar — sozinho, à noite — Mais prazer encontro eu lá; Minha terra tem palmeiras, Onde canta o Sabiá. Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá; Sem que desfrute os primores Que não encontro por cá; Sem qu’inda aviste as palmeiras, Onde canta o Sabiá. (Gonçalves Dias) Examine as seguintes afirmações sobre a “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias. I. Na primeira estrofe, negam-se as virtudes da terra natal e satiriza-se a imagem do sabiá na palmeira. II. Na segunda estrofe, reafirma-se, com a repetição de um pronome, que a paisagem do exílio é mais rica que a da terra natal. III. A penúltima estrofe contradiz as demais, pois o eu lírico se coloca a favor da terra natal. IV. Todo o poema é um elogio nostálgico à terra natal, idealizada conforme a tradição romântica.Está correto o que se afirma em * a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) I, II e III, apenas. d) II e III, apenas. e) IV, apenas.