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Ainda trabalhando o conceito de liberdade, Faça uma pequena redação (mínimo 10 linhas) com base no Conceito de Liberdade de ARISTÓTELES!!!!

me ajudem por favor ​

Sagot :

Resposta:

A fundamentação do problema da liberdade, no pensamento kantiano,

não dispensa a relação estreita com a história da filosofia. O problema

levantado no período clássico, no período medieval e no período moderno,

evidencia que esse problema perpassa a história e o agir do homem. É

fundamental notar que o homem é agente de suas escolhas e suas ações.

A concepção grega da liberdade é designada por três termos, eleutheria,

enkrateia e autarkéia. Esses termos denotam, cada um, uma visão diferente da

liberdade, mas encontram-se ligados de forma intrínseca. A eleutheria emerge

como oposição entre os cidadãos e os escravos e indica que a liberdade está

ligada ao poder político e à lei, de forma que é livre não quem age fora da lei,

mas quem age conforme a lei. A enkrateia significa autoconhecimento e

autocontrole voltando o olhar para o domínio das paixões e dos instintos. A

autarkéia permite pensar a liberdade concebendo o homem como um ser de

relação. Somente a relação entre esses termos possibilitam ao homem a felicidade. Aristóteles considera livre a ciência primeira, que possui em si seus

princípios e fundamentos, de modo que a liberdade é o ser-para-si, e não parao-outro, ou seja, é fim em si mesmo e não um meio.

No período medieval, alude-se a liberdade em sentido teocêntrico, pois

nesse período é forte a influência do cristianismo sobre as ações humanas. A

partir desse momento, o problema da liberdade adquire maior complexidade,

pois questiona-se sobre o fim do homem e seu destino. Quando pensa-se a

liberdade do homem perante um Ser Supremo, parece não existir livre-arbítrio,

pois todas as coisas que existem estão ordenadas a um fim. Entretanto, Santo

Tomás, evidencia que há livre-arbítrio mesmo diante o Ser Supremo, pois ele

possui inteligência e vontade. SANTO TOMÁS (1944, p. 316- 318) menciona:

“O homem tem livre-arbítrio... o homem age com discernimento, pois pela

virtude cognoscitiva, discerne o que é capaz de evitar. Mas esse discernimento

não provém de um instinto natural, mas de uma reflexão racional... o homem

tem livre-arbítrio pelo fato de ser racional”. Para Santo Tomás, a liberdade

consiste na condição mediadora do ser racional em dirigir-se por si ao Fim

Último, onde a liberdade não é um fim, mas um meio.

No período moderno a liberdade adquire valor antropocêntrico, visto que

o homem é o centro das reflexões. O homem é livre na medida em que pode

escolher fazer ou não fazer alguma coisa sem ser coagido por nenhuma força

exterior. No período moderno, pode-se citar Thomas Hobbes que evidenciou a

liberdade ligada ao Estado. O Estado que possui poder sobre os indivíduos e

tem o dever de manter a ordem e fazer o bem a todos, onde os indivíduos são

livres para obedecer. Por outro lado, se o Estado não garante o bem e a ordem

esse já não é obrigado a obedecer a suas ordens, pois o Estado não está

desempenhando sua função para a qual foi instituído.