Atividades sobre a obra “O Primo Basílio”, de Eça de Queirós
1- Juliana (a empregada) representa o seguinte tipo social:
a- representa uma classe desfavorecida que é humilhada e para
conseguir algo se apega a qualquer artifício;
b- representa a mulher batalhadora e desprovida de qualquer interesse
alheio;
c- representa a ignorância da população menos privilegiada
economicamente que, entretanto, tem comportamento moral equivalente
ao cidadão mais prestigiado.
d- representa o comodismo das pessoas em querer a ascensão social
2- Assinale a alternativa que não indica um tema abordado em O primo
Basílio, de Eça de Queirós:
a) Crítica aos valores fantasiosos divulgados pela literatura romântica.
b) Apresentação da condição das classes pobres submetidas às injustiças
sociais.
c) Condenação da hipocrisia, ociosidade e da superficialidade que
caracterizam a vida burguesa.
d) Valorização das crenças religiosas, da simplicidade e honestidade,
princípios tradicionais que regem a vida dos homens de bem.
3- (PUC-SP)
Indique a alternativa que não condiz com o romance O primo Basílio, de
Eça de Queirós.
a) É uma obra realista que retoma os ideais românticos para contar da
vida conjugal de Jorge e Luísa.
b) Apresenta como tema central o adultério, nas personagens de Luísa e
Basílio.
c) Mostra-se como uma lente de aumento sobre a intimidade das famílias
e revela criticamente a pequena burguesia do fim do século XIX em
Lisboa.
d) Ataca instituições sociais como a família, a Igreja, a escola e o Estado,
sempre com a preocupação de fazer um vasto inquérito da sociedade
portuguesa e moralizar os costumes da época
A necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de odiar: odiou
sobretudo as patroas, com um ódio irracional e pueril. Tivera-as ricas, com
palacetes, e pobres, mulheres de empregados, velhas e raparigas,
coléricas e pacientes; - odiava-as a todas, sem diferença. É patroa e
basta! pela mais simples palavra, pelo ato mais trivial! Se as via sentadas:
- Anda, refestela-te, que a moura trabalha! Se as via sair: - Vai-te, a negra
cá fica no buraco! Cada riso delas era uma ofensa à sua tristeza doentia;
cada vestido novo uma afronta ao seu velho vestido de merino tingido.
Detestava-as na alegria dos filhos e nas propriedades da casa. Rogava-
lhes pragas. Se os amos tinham um dia de contrariedade, ou via as caras
tristes, cantarolava todo o dia em voz de falsete a Carta Adorada! (Eça de
Queirós, O Primo Basílio. São Paulo: Ateliê, 1998.)
4- Sobre o trecho e a obra, assinale a INCORRETA:
a) Juliana trabalha na casa de Luísa e Jorge e esse trecho retrata como
se sentia injustiçada por sua condição social.
b) No trecho "A necessidade de se constranger trouxe-lhe o hábito de
odiar" podemos observar o pensamento determinista, uma vez que a
condição social de Juliana obrigava-a a servir aos outros e, em
consequência, passou a odiar os patrões.
c) Em "cada vestido novo uma afronta ao seu velho vestido de merino
tingido" notamos o olhar do narrador que, através desse jogo de
oposições, chama a atenção para a injustiça social.
d) No trecho "É patroa e basta!" poderíamos imaginar que a voz de Juliana
mistura-se ao discurso do narrador.
e) Quando o narrador apresenta "cantarolava todo o dia em voz de falsete
a Carta Adorada!", o nome da música foi escolhido aleatoriamente e não
apresenta relação com o destino da personagem.
5- Sobre o Realismo, assinale a alternativa INCORRETA.
a) O Realismo surgiu na Europa, como reação ao Naturalismo.
b) O Realismo e o Naturalismo têm as mesmas bases, embora sejam
movimentos diferentes.
c) O Realismo surgiu como consequência do cientificismo do século XIX.
d) Gustave Flaubert foi um dos precursores do Realismo. Escreveu
Madame Bovary.