Ficamos na cidade, não sei exatamente quanto tempo, porque minha família não costumava registrar essas coisas.
Imagino que no final de 1939, início dos anos 1940, tenhamos regressado à Itália, minha mãe e as duas crianças.
Meu pai ainda manteve a casa em Trípoli toda montada durante certo tempo, até ficar muito perigoso.
Na Itália, moramos um tempo em Roma, onde nasceu meu terceiro irmão, depois viajamos durante os cinco anos da guerra, em parte porque meu pai era transferido e, eventualmente, tínhamos que mudar de cidade porque a guerra vinha avançando na Sicília, chegando chegando pelo sul, com a presença dos aliados.
Quando se está nela, envolvido nela, é uma normalidade, sobretudo se a pessoa nasceu no período de guerra.
Aracaju, a cidade onde nós morávamos no fim da década de 40, começo da de 50, era a orgulhosa capital de Sergipe, o menor estado brasileiro (mais ou menos do tamanho da Suíça).
Essa distinção, contudo, não lhe tirava o caráter de cidade pequena, provinciana e calma, à boca de um rio e a pouca distância de praias muito bonitas.
