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Sagot :
POPULAÇÃO RUSSA -
A parte central e a parte oriental, por serem regiões muito frias e isoladas, são escassamente povoadas. Cerca de 74% da população vive em áreas urbanas e cerca de 26% vive na área rural.
Vladimir Putin domina a cena política russa como seu líder incontestável há quase duas décadas.
Ao longo de sucessivos mandatos como presidente e primeiro-ministro, ele comandou uma expansão econômica e militar e o reestabelecimento da Rússia como uma potência global.
Os padrões de vida para a maioria da população melhoraram, e um senso de estabilidade e orgulho nacional reemergiram neste período. Mas o preço, dizem seus críticos, foi a erosão da democracia no país.
Mas como mudou de fato a vida para o cidadão comum ao longo destes anos? Confira a seguir.
1. Menos pessoas pobres
Os níveis de pobreza podem ter caído significativamente, mas a Rússia ainda está acima da média em relação às principais economias do mundo.
2. Mas o aumento dos salários estagnou recentemente
Durante o primeiro mandato presidencial de Putin, os salários cresceram mais de 10% anualmente. Desde que ele retornou ao cargo em 2012, após um período como premiê, manter esse crescimento se provou uma tarefa mais complexa, com uma série de crises e sanções econômicas.
Entre 2011 e 2014, a renda disponível para consumo aumentou 11%, e, na era Putin, o mercado consumidor russo se expandiu consideravelmente.
3. Mais pessoas têm carro, e há mais micro-ondas do que residências
O amor da Rússia pela marca de automóveis Lada continua: ela respondeu por 311.588 dos 1.595.737 novos carros vendidos em 2017.
A proporção de pessoas que possuem um carro está no mesmo nível de países que integravam o bloco soviético, como a Polônia e a Hungria, mas um pouco atrás da vizinha Finlândia, que tem 76 carros por 100 residências, segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.
4. Os russos se apaixonaram pela Ikea
A primeira loja desta rede de móveis e produtos de decoração abriu na Rússia em 2000, como parte de um grande shopping center em Khimki, próximo a Moscou, e logo estava entre as dez unidades que mais faturavam no mundo.
Em 2015, o país já era o segundo mercado que crescia mais rápido da marca.
A empresa tem hoje 14 lojas na Rússia, três delas só na capital.
Mas nem tudo um mar de rosas. A Ikea deu fim a uma revista online por temer que isso fosse contra a polêmica lei de Putin que veta a promoção de valores gays para menores de idade. Também tem lutado para cumprir seu código de ética anticorrução enquanto opera no país.
5. E champagne...
Não há um consenso sobre quanto os russos bebem.
Dados oficiais apontam para uma queda, mas não os 80% citados pelo Ministério da Saúde.
A redução no consumo de vodka se deve em parte a um maior consumo de outras bebidas, como cerveja, que já foi considerada quase o mesmo que refrigerante na Rússia, e vinho, com alguns oligarcas abrindo seus próprios vinhedos.
6. Como em todo lugar, o uso de internet explodiu
A internet russa tem seus gigantes particulares, como a rede social VK, líder no país com 90 milhões de usuários, mais de quase quatro vezes os 20 milhões do Facebook, segundo o Banco Mundial.
O buscador Yandez ocupa o segundo lugar entre os sites mais populares do país. Ser feito em russo e seus algorítimos dão a ele uma vantagem competitiva em relação ao Google.
7. Mas os circos estão em decadência
Com mais de 60 circos permanentes, entre eles o Circo Estatal de Moscou, esse tipo de atração é considerada uma instituição nacional. Mas têm sofrido com a forte concorrêcia de rivais ocidentais, como o Cirque du Soleil.
E, desde 2010, o interesse por esse tipo de espetáculo caiu impressionantes 60%.
Não há um único fator que explica o declínio – mudança de hábitos, atrações rivais e a expansão da internet provavelmente contribuíram.
8. O mesmo vale para as bibliotecas públicas
Assim como em outros lugares, a biblioteca foi prejudicada pela popularização da internet.
9. A população russa está crescendo de novo
Um dos principais objetivos de Putin é reverter a dramática redução populacional que começou na época do fim do comunismo, em 1991.
Antes de ele concorrer novamente à Presidência em 2012, Putin propôs gastar 1,5 trilhão de rublos (R$ 74,3 bilhões) para aumentar a taxa de natalidade.
Provavelmente por coincidência, em 2012, a taxa de nascimentos superou a de mortes pela primeira vez em 21 anos.
Quando ela caiu em 2017, oponentes de Putin viram uma chance de atacá-lo, destacando a queda de 10,6% entre 2016 e 2017 – na realidade, a mudança foi de 12,9 para 11,5 nascimentos a cada 1 mil pessoas.
As taxas mais altas de nascimentos estão nas repúblicas do Cáucaso, como a Chechênia e Daguestão, enquanto os nomes mais populares em Moscou são Alexander e Sofia.
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