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Leia o texto sobre "Slam do Corpo", a seguir: Slam do Corpo é um encontro pensado para surdos e ouvintes, existente desde 2014, em São Paulo. Uma iniciativa pioneira do grupo Corposinalizante, criado em 2008. (Antes de seguirmos, vale a explicação: o termo slam vem do inglês e significa — numa nova acepção para o verbo geralmente utilizado para dizer "bater com força" — a "poesia falada nos ritmos das palavras e da cidade"). Nos saraus, o primeiro objetivo foi o de botar os poemas em Libras na roda, colocar os surdos para circular e entender esse encontro entre a poesia e a língua de sinais, compreender o encontro dessas duas línguas. Poemas de autoria própria, três minutos, um microfone. Sem figurino, nem adereços, nem acompanhamento musical. O que vale é modular a voz e o corpo, um trabalho artesanal de tornar a palavra "visível", numa arena cujo objetivo maior é o de emocionar a plateia, tirar o público da passividade, seja pelo humor, horror, caos, doçura e outras tantas sensações. NOVELLI, G. Poesia incorporada. Revista Continente, n. 189, set. 2016 (adaptado). A partir da leitura atenta e por meio do levantamento de palavras-chave, podemos constatar que na prática artística mencionada no texto o corpo assume papel de destaque, ao articular diferentes linguagens com o intuito de A) imprimir ritmo e visibilidade à expressão poética. B) ocupar o espaço de circulação da poesia urbana. C) estimular produções autorais de usuários de Libras. D) traduzir expressões verbais para a língua de sinais. E) proporcionar apresentações entre pessoas surdas.

Sagot :

Resposta:

Slam do Corpo - Letra A

Explicação:

O slam é uma competição em que cinco jurados escolhidos entre o público pelos mestres de cerimônia, sem parentesco ou vínculo direto com os poetas participantes, atribuem notas de zero a 10, conforme cada desempenho. O melhor poeta nem sempre vence, pois os jurados, longe de serem especialistas no assunto, tendem a preferir poemas cuja empatia é imediata e cujo traquejo do performer com a plateia e com o microfone impressione mais. “Uma vez com o público na sua mão, começa o jogo. É um esporte da poesia falada, de performance, e performance não é apenas o texto, é forma e conteúdo, o que você vai dizer e como vai dizer”, descreve Roberta.

A grande inspiração desse evento, até os dias de hoje, são as batalhas de MC’s do rap – rhythm and poetry ou ritmo e poesia, em português –, desafios verbais que um rapper propõe ao outro. “Até hoje, como os rappers estão acostumados a dar ritmo à poesia, eles têm mais facilidade no slam. Já vêm com letras na cabeça, decoradas, somadas ao apelo, à reivindicação, ao testemunho, ao depoimento. O público se identifica e se emociona. Existe uma cadência, uma velocidade que ganha slams mais facilmente, você bate o olho e fala: ‘Isso é slam’”.

No Brasil, registra-se que o primeiro slam foi realizado em 2008. O Zap! – Zona Autônoma da Palavra é realizado até hoje, em São Paulo, pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, reunindo poetas de várias partes do Brasil. Os maiores centros de slam estão localizados na Região Sudeste: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

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