O cágado e a festa no céu

Uma vez houve três dias de festa no céu; todos os bichos lá foram; mas nos dois primeiros dias o cágado não pôde ir, por andar muito devagar. Quando os outros vinham de volta, ele ia no meio do caminho. No último dia, mostrando ele grande vontade de ir, a garça se ofereceu para levá-los nas costas. O cágado aceitou, e montou-se; mas a malvada ia sempre perguntando se ele ainda via a terra, e quando o cágado disse que não avistava mais a terra, ela o largou no ar e o pobre veio rolando e dizendo:
“Léu, léu, léu, se eu desta escapar, nunca mais bodas ao céu...”
E também: “Arredem-se, pedras, paus, senão vos quebrareis.” As pedras e paus se afastaram e ele caiu; porém todo arrebentado. Deus teve pena e juntou os pedacinhos e deu-lhe de novo a vida em paga da grande vontade que ele teve de ir ao céu. Por isso é que o cágado tem o casco em forma de remendos.

1. Na narrativa, o tempo diz respeito a quando ocorrem as ações ou ao quanto elas duram. Quais trechos indicam o tempo e o quanto ele dura na história “O cágado e a festa no céu”? *
A) Uma vez houve três dias de festa no céu... / No último dia… / ...ela o largou no ar ...
B) Uma vez houve três dias de festa no céu / No último dia / ...mas nos dois primeiros dias...
C) No último dia / ...mas nos dois primeiros dias… / O cágado aceitou, e montou-se...
D) No último dia / O cágado aceitou, e montou-se… / ...As pedras e paus se afastaram...