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Se os textos têm em comum uma relação necessária com seu contexto – quem os escreve, sobre o quê, para quem, em que momento, em que espaço –, paradoxalmente, esses contextos promovem diferenças entre os textos. Os gêneros acadêmicos e os não acadêmicos, assim, apresentam características distintas. A identificação de tais características é essencial em qualquer área de atuação. A maior capacidade de adequar a escrita, conforme a necessidade, e de discernir o que diferencia um texto de outro devido a cada contexto, dá destaque ao profissional, sendo um importante diferencial no mercado de trabalho.

Com base no exposto, faça uma análise detalhada, mostrando os motivos pelos quais é possível chegar à conclusão de que o texto A é de gênero acadêmico e o texto B não é. Examine todos os elementos que diferenciam os gêneros.


Sagot :

Resposta:

Padrão de resposta esperado

Ao comparar os textos acima, pode-se verificar as diferenças entre um texto acadêmico (trecho A, de MOTA et al., 2006), um artigo que foi publicado em uma revista científica e um texto cotidiano (trecho B, de MEDEIROS, 2019), uma crônica publicada em um jornal.

Os dois textos tratam de temas muito próximos. Mota e colegas abordam a questão da necessidade de humanização dos profissionais da área da saúde, que passam diariamente por tensões, devido ao contato diário com a dor, o sofrimento e o medo de errar, que são inerentes a esse campo de atuação. Medeiros, por sua vez, traz sua visão a respeito da atuação dos profissionais dessa mesma área. A natureza da informação, contudo, não é a mesma. Enquanto Mota e colegas trazem à tona uma discussão com vistas a propor soluções (o objetivo fica expresso em: “cuidar de quem cuida é condição suficiente para desenvolver projetos de ações em prol da humanização da assistência”), Medeiros faz uma reflexão (“passei a refletir a respeito desse universo”), em função de uma vivência pessoal (“Em um espaço de um mês, minha mãe foi internada duas vezes no mesmo hospital”).

Fica claro que o texto de Mota e colegas é acadêmico, e o de Medeiros, não. O público-alvo é bastante distinto. Enquanto Mota e colegas se dirigem aos seus pares de área, Medeiros faz uma crônica voltada ao público geral. Isso pode ser constatado pelo tipo de informação que cada autor mobiliza. O segundo traz muitos elementos, mas não os discute a fundo: fala de hábitos, horários, rotinas e funções dos profissionais, mas não tem uma preocupação com comprovação, pois está mostrando o seu olhar. Já os primeiros, trazem dados fundamentados, o que fica evidente pela referência bibliográfica que apresenta – Martins (2001). Essa necessidade de referenciação é característica essencial do texto acadêmico; posto que, dessa forma, o artigo se situa no tempo e na área de domínio em que se insere. Uma crônica, diferentemente, não precisa dessa rigidez. Se está ligada a alguma notícia específica, por exemplo, será menos duradoura; se se relaciona a uma informação, como a do exemplo exposto, de uma experiência pessoal, é mais perene. De todo modo, sua eficiência relaciona-se à capacidade do autor de conectar-se ao público, por seu olhar peculiar. A eficácia do texto acadêmico, entretanto, está na capacidade de referenciação e criticidade na argumentação e de oferecer novos caminhos para a resolução de um problema; uma questão relevante dentro do universo acadêmico-científico.

Explicação:

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